Bradesco fala em fechar agências país afora
O novo presidente do Bradesco já chegou mostrando que bancário e cliente não são prioridades. Octavio Lazari declarou que o segundo maior banco privado do país estuda fechar até 200 agências este ano. O corte faz parte da revisão da rede de 4.750 pontos de atendimento.
Depois de adquirir o HSBC Brasil em 2016 e agregar 800 agências do banco, o Bradesco fechou 565 unidades no ano passado. Fica claro que o objetivo é reduzir custos para lucrar ainda mais – foram R$ 19 bilhões em 2017. Na primeira lista das economias, o quadro funcional.
Isso preocupa os trabalhadores e nós do movimento sindical temos debatido e lutado contra o desemprego e a falta de trabalhadores bancários nas agências.
Desde a aquisição do HSBC temos acompanhando essa questão de perto, e o banco não tem motivos para fechar tantas agências assim. O banco tem lucros sempre crescentes. O último semestre mostra claramente e não há, portanto, qualquer justificativa para fechar mais agências e cortar mais empregos, diz Janes Estigarribia, coordenador da COE- Comissão de Organização dos Empregados da Fetec-CN
Para não deixar dúvidas, o novo presidente disse que concentra esforços para expandir os serviços digitais. Em paralelo, a empresa quer aumentar o número médio de produtos vendidos de 1,6 atualmente para 2 por cliente até o fim de 2018. Ou seja, explorar ainda mais os 30 milhões de correntistas, mesmo que não haja bancários suficientes para atendê-los.
Estigarribia lembra que em 2017, o Bradesco fechou 9.985 postos de trabalho. Em julho do mesmo ano, lançou um PDVE (Plano de Desligamento Voluntário Especial), responsável pela saída de 7,4 mil funcionários, corte em cima de corte, não pode continuar acontecendo sem uma discussão com o representante dos trabalhadores, precisamos entender essa lógica, se é que existe, finalizou o coordenador da COE.
Fonte: seeb/dourados