Caixa Federal

29 de Junho de 2022 às 14:35

Denúncias de assédio sexual e moral derrubam presidente da Caixa

Pressão dos bancários e desgaste do governo motivaram queda de Guimarães

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães não resistiu à forte reação na sociedade e à campanha dos Bancários nas redes sociais e foi afastado do cargo na manhã desta quarta-feira (29).

De olho nas eleições de outubro próximo, Jair Bolsonaro escolheu uma mulher para ser a nova presidente da Caixa, chefe da Secretaria de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia. O governo ainda não oficializou a troca. Pela manhã Guimarães, acompanhado da esposa, participou de evento do banco normalmente e não tocou no assunto das denúncias, limitando-se a dizer que "sempre teve uma vida ética". 

Guimarães enfrenta uma gravíssima acusação: funcionárias da empresa denunciam o denunciaram por assédio sexual em viagens e eventos da  estatal. A denúncia inclui ainda a prática de assédio moral, uma realidade hoje na empresa. O movimento sindical já havia acusado o executivo de humilhar funcionários, obrigando os trabalhadores a fazer “flexões como soldados” em evento público, gerando grande constrangimento e revolta entre os bancários.

Na manhã de hoje, o movimento sindical bancário liderou um tuitaço exigindo a renuncia de Pedro Guimarães, utilizando as hastags #ForaPedroGuimarães, #AfastamentoJá e #ApuraçãoAssedioPG. 

Os casos denunciados  já estão sendo investigados pelo Ministério Público Federal.

Guimarães é um dos aliados mais próximos de Jair Bolsonaro (PL). Sempre visto ao lado do chefe em eventos e lives ele vinha sendo sondado até como um dos nomes cotados para ser vice na chapa para reeleição do presidente da República e por seu engajamento político é também acusado de usar o banco para fazer campanha política.

A história de Pedro Guimarães é cheia de contradições e conforme apurado pela imprensa ele já havia sido demitido do Santander "por ter machucado um colega" numa festa do banco espanhol.

O movimento sindical lembra que “A acusação de assédio sexual é extremamente grave, porém todos  tem o direito de se defender na Justiça, mas é importante que o governo não interfira nas investigações, pois Bolsonaro é muito conhecido nos bastidores por tentar interferir em investigações para proteger seus aliados e familiares, como no caso da acusação de propinas envolvendo o ex-ministro da educação, Milton Ribeiro e vários outros pastores e nas denúncias contra seus filhos, Flávio, Carlos Eduardo e Renan, estes com acusações que vão desde a prática de peculato, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro até tráfico de influência.



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