Em meio aos ataques privatistas do governofederal, o Banco do Brasil obteve lucro líquido ajustado de R$ 21,021 bilhões no ano passado. Crescimento de 51% na comparação com 2020.

No quarto trimestre, o resultado foi de R$ 5,352 bilhões, alta de 67,3% em relação ao mesmo período de 2020. 

Em nota, o presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro, disse que o lucro recorde fez com que nossa rentabilidade ficasse ainda mais próxima dos pares privados. O resultado concilia retorno e solidez. É uma demonstração de nosso compromisso com todos os acionistas.

A fala de Fausto Ribeiro demonstra claramente o desvio do caminho de banco público do BB, com a intenção de descontruir seu caráter em fomentar desenvolvimento e riquezas à nação; para um banco que objetiva apenas lucros para seus acionistas. O banco teve alta nos lucros com financiamento do agronegócio, que emprega muito pouco e exporta toda a produção; e valores mobiliários privados,

A lucratividade expressiva comprova que o BB é uma instituição sólida, cumpre o papel de gerador e distribuidor de riquezas no país. Mas, o governo ignora e não quer nem saber. A intenção é desmontar para privatizar.

Para isso, promove "reestruturações" que fecham postos de trabalho e agências bancárias. No ano passado, 5 mil funcionários foram desligados e 361 unidades (112 agências, sete escritórios e 242 postos de atendimento) tiveram as atividades encerradas.

Outros números

O balanço divulgado pelo BB revela que a carteira de crédito ampliada foi de R$ 874,9 bilhões em 2021, avanço de 17,8% no comparativo anual. A receita de prestação de serviço teve alta de 2,2%, alcançando R$ 29,343 bilhões em 12 meses. Já o ROE (Retorno sobre o Patrimônio Líquido, sigla em inglês) foi de 15,8% em 2021.