Banco do Brasil

5 de Agosto de 2016 às 14:42

Diretor da Cassi William Mendes fala da agenda de trabalho

Nesta semana, além da agenda de trabalho em Brasília, teremos na quinta 4 e sexta 5 agenda da Diretoria de Saúde e Rede de Atendimento em Goiás, onde teremos Conferência de Saúde.


Na  segunda-feira, tivemos mais uma rodada de negociações entre o Banco do Brasil e a Comissão Negociadora das entidades sindicais e representativas do funcionalismo para debater e encontrar uma solução negociada para o déficit do Plano de Associados da Cassi. Depois replico no blog a matéria informativa conjunta das entidades. Nesta mesa, a minha participação, bem como de outros eleitos, é de assessoria. Nós contribuímos com opiniões e damos subsídios para as entidades representativas.


Apresento aqui, em linhas gerais, a minha opinião para a atual questão do déficit, do custeio e da busca da sustentabilidade para a Cassi. Respeito a opinião das entidades assim como sempre respeitarei a dos associados, que representamos na Caixa de Assistência em mandato eletivo como Diretor de Saúde e Rede de Atendimento (mandato 2014/18). Nesta fase das discussões, darei publicidade de minhas opiniões sempre que possível, e com antecedência, para manter uma relação de transparência que busco ter com os associados, com as entidades e com o patrocinador BB desde que iniciamos nosso trabalho à frente da área de saúde de nossa entidade.


Minhas opiniões têm relação com a temporalidade da situação do Plano de Associados e com a responsabilidade que temos como gestores da Cassi. 


Um contexto é 2014, quando procuramos as entidades sindicais e representativas para informar que teríamos dificuldades nos anos seguintes devido à um déficit recorrente no plano de saúde dos funcionários da ativa e aposentados. Demos nossas opiniões e defendemos que o patrocinador BB deveria fazer aportes extraordinários, enquanto medidas estruturantes, recém apresentadas no âmbito da Cassi, fossem implantadas entre os anos de 2015 e 2019, com efeitos positivos previstos até 2021. Pedimos apoio das entidades à época, demos os informes gerais e contribuímos para que houvesse uma construção de mesa nacional sobre a Cassi e calendário de mobilização e luta.


Outro contexto é o próprio ano de 2015, onde acompanhamos as negociações sobre a Cassi desde maio, vimos a Cassi ser pauta das negociações nacionais inclusive da data-base dos bancários na mesa específica do BB e ao final do ano de 2015, todos nós bancários e corpo social da Cassi não logramos êxito em encontrar uma solução de consenso entre o Banco do Brasil e as entidades da Comissão Negociadora, sequer houve consenso no âmbito das entidades sindicais e associativas. E isso é normal. Na minha opinião, houve um calendário de negociações com dedicação das entidades representativas.


O contexto de 2016 é mais gravoso que os anteriores, porque a necessidade de solução tem uma temporalidade diferente de 2014 e 2015. E nesse sentido, desde o final de 2015 e neste ano em curso, penso que é necessário consultar formalmente o corpo social para se manifestar e opinar sobre o problema e busca de soluções. 


Praticamente em todos os meses de nosso mandato - pois chegamos em junho de 2014 e em novembro do mesmo ano já tivemos que nos posicionar contrários a propostas que afetavam somente os associados -, tivemos que votar no âmbito da Cassi contra soluções que aumentavam coparticipações e alteravam programas de saúde e até propunham criação de franquia sobre internação, ou seja, medidas com efeitos unilaterais para os associados, sem a participação do outro patrocinador, o Banco do Brasil.



Minha opinião

1- Minha opinião sobre o déficit, o custeio do Plano de Associados, e com foco absoluto na ampliação da cobertura do Modelo de Atenção Integral e Estratégia Saúde da Família (ESF), é que deveríamos propor consulta ao corpo social para aumento da receita do plano, dos atuais 7,5% para 10%, mantendo-se a proporção estatutária de 1 x 1,5 entre associados e banco, ou seja, 4% de contribuição dos associados e 6% por parte do banco.


2- Criação de uma contribuição extraordinária de 0,5% (meio porcento) sobre a mesma base de custeio (remuneração dos associados), rubricada para investimento e ampliação da cobertura do modelo assistencial (ESF, CliniCassi e Atenção Primária), por um período de 5 anos, prestando contas dos resultados no Relatório Anual. Temos hoje 180 mil cadastrados na ESF e a população assistida da Cassi é de mais de 700 mil vidas.


3- Entendo que o patrocinador BB deva fazer os investimentos nos projetos estruturantes, com efeitos de médio e longo prazo e que trariam mais eficiência para a Cassi em eixos centrais de uma operadora de saúde.


4- Como qualquer proposta necessita de anuência do patrocinador BB para ir ao corpo social, entendo que o banco deva fazer adiantamentos de contribuição para manutenção da liquidez do Plano, conforme prevê o artigo 25 do estatuto social, até que se finalize a proposta de novo custeio, de consenso ou de maioria, no âmbito da governança da Cassi e da mesa de negociação, para efetiva consulta ao corpo social.



Sabemos que enquanto não se finalizam as negociações, a Cassi não pode deixar de operar na normalidade porque a responsabilidade pela maior autogestão em saúde do país é tanto do patrocinador BB quanto dos seus associados.


Seguimos à disposição das para contribuir com opiniões e informações.


William Mendes

Diretor de Saúde e Rede de Atendimento



Diretoria

Carlos Alberto Longo
Presidente
Christian Luiz Pereira
Diretor Regional
Alcindo Machado Franco
Titular
Francisco Martins de Souza
Titular
Marcos Pereira Araújo
Titular
Roselene Silva O. Silvério
Suplente
Priscila Forni Donzelli Bonadio Lopes
Suplente

Sindicato dos Bancários de Dourados e Região - MS

Rua Olinda Pires de Almeida, 2450 Telefone 0xx67 - 3422 4884