Fenaban divulga nota tentando enganar opinião pública
A Federação Nacional dos Bancos, Fenaban, divulgou nota em relação à greve dos bancários com várias inverdades, tentando enganar a sociedade e jogar a opinião pública contra a categoria. A nota da Fenaban diz que: “o movimento sindical radicalizou e abandonou a mesa de negociação”, MENTIRA. A pauta de reivindicações da categoria foi entregue a Fenaban no dia 10 de agosto e depois de quatro rodadas de negociações em que os banqueiros não apresentaram uma única proposta às demandas dos trabalhadores tentaram impor um reajuste rebaixado de 4,29% cobrindo apenas a inflação do período, não deixando outra alternativa a não ser a greve. A Confederação Nacional dos Bancários, Contraf CUT, mesmo com a greve, em nenhum momento abandou o processo negocial, inclusive enviando carta a Fenaban mesmo depois da greve já estar com data para o seu início, na tentativa de que a mesma apresentasse uma proposta condizente com o esforço dos trabalhadores que pudesse evitar a greve. Na segunda-feira 04/10 novamente uma carta foi endereçada ao presidente da Fenaban, Fábio Barbosa, reafirmando a disposição de negociar, e ao mesmo tempo repudiando as práticas antissindicais adotadas pelos bancos, como uso de interditos proibitórios e como na Paraíba o uso indevido até da Polícia Federal tentando intimidar os bancários para encerrar a greve. A Fenaban simplesmente se calou, como se calou em relação à discussão da Metas Abusivas, do Assédio Moral e da contratação de mais bancários para resolver o problema das intermináveis filas que tanto atormentam clientes e usuários dos bancos e pior que isso continua aterrorizando os trabalhadores com práticas do tempo da ditadura. A nota da Fenaban diz ainda que: “os bancos respeitam o direito de greve, mas o que não se pode é admitir que a os bancários imponham uma greve abusiva e injustificada”, MENTIRA. A greve é um direito dos trabalhadores garantido na Constituição Federal, é legal e foi aprovada por ampla maioria dos bancários em assembléias realizadas em todo o país. E nenhum momento a greve dos bancários pode ser considerada injustificada ou abusiva. Abusivo é a coação que os bancos estão fazendo para tentar furar a greve. Por fim, a Fenaban diz em sua nota que: “não pode aceitar um índice exagerado como o pleiteado pelos sindicatos...”, MENTIRA. Primeiro que o índice não está sendo pleiteado pelos sindicatos, a pauta de reivindicações dos bancários é construída de forma democrática com a participação de toda a categoria, com pesquisas, Conferências Regionais e Conferência Nacional, onde todos têm a oportunidade de participar. Segundo que o índice de 11% construído com a participação coletiva da categoria está longe de ser exagerado. Das categorias que fecharam acordo no primeiro semestre de 2010, 97% delas conseguiram reajuste acima da inflação e os metalúrgicos de São Paulo, setor com lucratividade infinitamente inferior aos bancos, fecharam acordo agora em setembro com reajuste de 10,81%, ou seja, com aumento de 6,25% acima da inflação. EXAGERO são os lucros de R$ 21,3 bilhões obtidos apenas pelos cinco maiores bancos só no primeiro semestre. EXAGERO é a taxa média cobrada dos clientes no cheque especial que em média está na casa dos 165,56% ao ano praticada pelos banqueiros. EXAGERO é a taxa de 50,02% cobradas nos financiamentos de bens, como eletro eletrônico. EXAGERO é a taxa média do crédito pessoal que gira em torno de 41,96% ao ano. EXAGERO são as tarifas exorbitantes cobradas dos clientes. EXAGERO são as intermináveis filas nos bancos, por falta de funcionários, apenas para engordar os famigerados banqueiros na sua insana ganância por lucros. Sindicato dos Bancários de Dourados e Região MS A diretoria