A deflagração da greve por tempo indeterminado a partir do dia 6 de outubro foi a principal decisão do Encontro Nacional dos Bancários, ocorrido no último sábado, dia 1º de outubro, em São Paulo, com a participação de 1.500 trabalhadores de bancos públicos e privados. Assembléias com este objetivo serão realizadas em todo o país nesta quarta-feira, dia 5 de outubro. Também foi aprovado o calendário proposto pelo Comando Nacional dos Bancários para a campanha salarial unificada de 2005. O Encontro Nacional dos Bancários também decidiu deflagrar uma campanha nacional contra o Bradesco, devido à violência praticada pelo banco durante as atividades da campanha salarial deste ano. Em algumas cidades, como ocorreu na greve de advertência de 24h ocorrida na semana passada, o Bradesco acionou a PM para agredir e prender bancários, numa completa afronta ao direito de greve. Foram aprovadas ainda moções de repúdio ao HSBC e à privatização do Banco do Estado do Ceará (BEC), cujo leilão na Bolsa de Valores de São Paulo está previsto para o próximo dia 13 de outubro. No caso do HSBC, a denúncia se refere à insistência do banco em abrir agências aos sábados, passando por cima da vontade da categoria bancária, das leis e da Convenção Coletiva Nacional. Para o presidente da Confederação Nacional dos Bancários (CNB/CUT), Vagner Freitas, o Encontro Nacional dos Bancários foi o evento da unidade. E acrescentou: "Fizemos um encontro que demonstrou a força dos bancários nesta campanha salarial. A categoria mostrou muita garra para fazer uma campanha nacional histórica, que a leve a conquistar aumento real e as outras reivindicações da minuta mínima unificada. Contra a intransigência dos banqueiros, mostramos nossa unidade e mobilização".