O Brasil fica atrás apenas da China, Estados Unidos e Rússia no ranking dos acidentes fatais

É alta a mortalidade por acidentes de trabalho no Brasil. As ocorrências atingem mais os homens, negros, índios e pessoas com baixa escolaridade, e têm maior incidência nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, conforme artigo publicado na Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, da Fundacentro.

Homens em idade considerada produtiva (de 20 a 59 anos) e com baixo nível de escolaridade são a maioria das vítimas das mortes por acidentes. Quando o quesito é gênero, a mortalidade entre eles "é consideravelmente superior" em todas as regiões e varia de 2,95 a 7,77 a cada 100 mil trabalhadores. Entre as mulheres vai de 0,35 a 1,17.

O artigo analisou o período que compreende de 2006 a 2015 e detectou que 33.480 pessoas morreram oficialmente por acidente de trabalho. Desses, 25% tinham de 30 a 39 anos, 23% de 20 a 29 anos e 22%, de 40 a 49 anos.

Mundo

No mundo, a cada ano acontecem 160 milhões de acidentes e 2,34 milhões de pessoas morrem, sobretudo por doenças relacionadas à atividade. Os dados são da OIT (Organização Internacional do Trabalho).

O Brasil fica atrás apenas da China, Estados Unidos e Rússia no ranking dos acidentes fatais. Para se ter ideia da gravidade, em 2017 ocorreram 572.169 acidentes no país, 12.651 resultaram em incapacidade permanente do trabalhador e 2.096 levaram à morte.