Saúde

22 de Dezembro de 2022 às 10:05

Covid explode na China e mais de 600 milhões devem se infectar, segundo estimativas

Governo chinês deu início a operação de vacinação em massa para conter o número de mortes

Após decretar o fim da política de "Zero Covid", a China tem vivenciado uma explosão de casos de Covid em todo o território do país. O epidemiologista e pesquisador da Harvard, Eric Feigl-Ding fez uma estimativa de que 60% da população chinesa deve se infectar com o Coronavírus. Tal número representa 10% da população mundial.

Por conta da explosão de casos de Covid, os hospitais da China estão completamente lotados e há o temor de que o sistema de saúde entre em colapso.

O médico brasileiro Bruno Gino revisou os dados apresentados pelo epidemiologista Eric Feigl-Ding e afirmou que eles são "verossímeis".

Por meio de suas redes, Eric compartilhou um comunicado do epidemiologista-chefe do govenro da China, Wu Zunyou, o qual afirma que "o pior está por vir" e que provavelmente o país enfrentará "três grandes ondas".  Zunyou acredita que as próximas duas ondas devem acontecer após as viagens do ano novo lunar no final de janeiro.

Segundo Iara Vidal, colunista da Fórum e responsável pela coluna Diário da China e que esteve recentemente por lá, ao sair do país ela relata que política de Zero Covid ainda estava em vigor, mas que já havia uma onda. Neste momento, relata Vidal, "estavam ocorrendo os protestos" contra a política anti-covid do governo chinês. Iara também relata que, quando foi embora "muito amigos que moram lá pegaram Covid e tinham parentes doentes".

Além disso, Vidal revela que segundo uma amiga chinesa - que está com Covid -, "essa primeira onda lotou os hospitais" e que isso traz um outro problema: "os profissionais de saúde estão pegando Covid, o que reduz o atendimento nos hospitais".

Outra questão que Iara levanta diz respeito ao fato de que a vacinação na China não é obrigatória, "há campanhas de incentivo, mas ninguém é forçado a tomar a vacina. Ao contrário do que muita gente diz, foram três doses de vacinas oferecidas e já está sendo oferecida a quarta dose. A maioria da população recebeu três doses há um ano".

No entanto, Vidal destaca o fato de que, apesar da taxa vacinal ser alta, o mesmo não se dá entre os idosos.

Segundo dados do governo da China, 95% da população em geral (20 a 50 anos) está vacinada, mas idosos com idade acima de 80 anos, a taxa é de 65% com três doses.

A fonte de Iara Vidal na China afirma que, mesmo diante de tal quadro, dificilmente a política de "Zero Covid" seja retomada, mas que o governo deve acelerar a vacinação da população "para diminuir a taxa de mortalidade".

Além disso, outra questão que é questionada pela fonte diz respeito sobre as filas em necrotérios e que o problema, de fato, são as filas em hospitais.

Como resposta a onda do coronavírus, o governo da China iniciou uma política de vacinação em massa. De acordo com boletim divulgado nesta quinta-feira (20) foram aplicadas 3.461.498.000 bilhões doses de imunizantes contra o coronavírus.

Fonte: CUT - Escrito por: Marcelo Hailer - Revista Fórum



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