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26 de Novembro de 2010 às 22:59

Santander diz que vai aderir ao instrumento de combate ao assédio moral

Em reunião do Comitê de Relações Trabalhistas (CRT), ocorrida nesta quinta-feira, dia 25, em São Paulo, a Contraf-CUT, entidades sindicais e Afubesp retomaram o processo de negociação permanente, discutindo as questões específicas dos funcionários. O banco espanhol se comprometeu em firmar com os sindicatos o instrumento de combate ao assédio moral, uma das principais conquistas da Campanha Nacional dos Bancários 2010. A data ainda será definida. > Clique aqui para ler a ata da reunião. Esse instrumento está previsto na cláusula de prevenção de conflitos no ambiente de trabalho, da convenção coletiva, mediante a adesão voluntária dos sindicatos e dos bancos. As instituições que aderirem se comprometerão com uma declaração explícita de condenação a qualquer ato de assédio. Também deverão implementar um canal de denúncias, com prazo para apuração e retorno à entidade sindical. A denúncia poderá ser feita pelo bancário ou pelo sindicato. A apuração terá de ser feita em 60 dias, contados a partir da data da denúncia. O nome do denunciante será preservado. Haverá ainda uma avaliação semestral do programa, com apresentação por parte da Fenaban de dados estatísticos setoriais com o objetivo de criar indicadores de qualidade. Extensão do reajuste de 7,5% A Contraf-CUT cobrou uma resposta do banco sobre o pedido de extensão do reajuste de 7,5% a todos os empregados, incluindo os que ganham acima de R$ 5.250, a exemplo do BB, Caixa e outros bancos. O Santander disse "que não há espaço" para fazer o pagamento linear. "Lamentamos a negativa do banco neste momento em que o lucro obtido no terceiro semestre no Brasil bateu recorde, representando 30% do resultado do Santander no mundo. O banco perde uma baita oportunidade para valorizar sobretudo os seus gestores", afirmou o secretário de Imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr. Prorrogação do pijama até agosto de 2011 A Liberação Remunerada Pré-Aposentadoria, o "pijama", foi implantada em acordo aditivo que previa sua extinção em agosto deste ano. O pijama permite que o trabalhador saia de licença um ano antes da data de sua aposentadoria gozando de todos os seus direitos, menos a remuneração variável e o vale-transporte. Os bancários reivindicaram que o "pijama" seja prorrogado e continue valendo até 31 de agosto de 2011. Entretanto, os representantes do Santander disseram que o "pijama" já cumpriu seu objetivo, mas concordaram em discutir internamente a prorrogação do programa. "O número de funcionários elegíveis para o pijama não causaria grande impacto financeiro para o banco. O programa é uma realidade no Santander do Uruguai e na sede do banco, na Espanha, há mais de dez anos. Por que não aqui, no país onde o Santander alcança 30% de seu lucro mundial? É uma boa oportunidade para o banco valorizar quem dedicou uma vida inteira para a construção dessa empresa", ressaltou o diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo e coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Marcelo Sá. Simulação da integração tecnológica das agências do Real O Santander tem realizado simulações aos domingos em todo o país para a integração tecnológica das agências do Real. "Cobramos respeito em relação aos horários da simulação, pois é inaceitável que os funcionários entrem para trabalhar de madrugada", denunciou o presidente do Sindicato dos Bancários do Mato Grosso, Arilson da Silva, alertando para a falta de segurança e o descaso com as famílias. Os bancários exigiram que as simulações sejam previamente negociadas com os sindicatos e que sejam garantidos os direitos dos trabalhadores, como horas extras a 100%, transporte e alimentação, incluindo um dia de folga como abono. E que as simulações sejam feitas em horários compatíveis com a jornada normal do trabalhador, e não mais de madrugada como vem acontecendo. "Queremos que sejam garantidos aos trabalhadores os mesmos direitos da época da integração tecnológica das agências do Banespa", frisou o diretor da Federação dos Bancários do RJ-ES, Paulo Garcez. O banco ficou de apresentar uma resposta o mais breve possível. Nova simulação ocorre neste domingo, dia 28, exceto para os caixas e na cidade do Rio de Janeiro. Pagamento de horas extras Os bancários denunciaram que o banco está pressionando os trabalhadores que prorrogam a jornada a compensar as horas extras dentro do mesmo mês, fazendo com que os funcionários sejam obrigados a deixar o trabalho de uma hora para outra. Há casos de caixas com horas extras para receber que chegam para trabalhar e no meio do expediente são mandados para casa. "Reivindicamos o pagamento das horas extras realizadas para todos os trabalhadores", defendeu a diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Rita Berlofa. Segundo registro em ata, "o banco informou que, conforme política vigente de ponto eletrônico, as horas não compensadas durante a semana poderão ser compensadas dentro do próprio mês de sua realização, com acréscimo de 50%, através de folgas concedidas de forma planejada entre o gestor e o funcionário. O banco se compromete a fazer orientação nesse sentido". Pessoas com deficiência As entidades sindicais retomaram pontos pendentes de reuniões anteriores sobre direitos dos trabalhadores com deficiência, reivindicando, dentre outros pontos, curso de Libras (linguagem de sinais), cadeiras motorizadas e estacionamento sem custo para pessoas com mobilidade reduzida. Os dirigentes sindicais também solicitaram informação sobre a quantidade de pessoas com deficiência, tipo de deficiência e lotação. O banco se comprometeu a estudar as reivindicações. Novas reuniões Ficaram agendadas reuniões para os dias 3 de dezembro sobre a aplicação do reajuste salarial na comissão de função dos empregados oriundos do Real e outras para janeiro, em dias a serem definidos, sobre condições de trabalho nas agências, call center e terceirização. Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo



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