Notícias

8 de Outubro de 2021 às 09:26

Salário mínimo compra menos de meia cesta básica e gás de cozinha atinge o maior preço do século

Maioria das capitais tem alta em setembro. Dieese estima o salário mínimo necessário em R$ 5.657,66, cinco vezes o valor oficial

O custo médio da cesta básica, aferido pelo Dieese, aumentou em 11 capitais e caiu em seis no mês passado. No acumulado do ano, apenas uma cidade não tem alta. Em 12 meses, os preços aumentam em todas, variando até 38,56%, caso de Brasília. A inflação oficial está em torno de 10% ao ano. Para comprar uma cesta, o trabalhador que ganha salário mínimo gasta mais da metade de sua renda.

As maiores altas em setembro foram registradas em Brasília (3,88%). Campo Grande (3,53%), São Paulo (3,53%) e Belo Horizonte (3,49%). Já as quedas mais intensas ocorreram em João Pessoa (-2,91%) e Natal (-2,90%).

Alta generalizada

Na comparação com setembro de 2020, o preço médio da cesta básica aumentou em todas as capitais. No acumulado deste ano, 16 das 17 capitais tiveram elevação, de 0,19% (Aracaju) a 13,05% (Curitiba). A exceção foi Salvador (-0,05%). Em 12 meses, alta generalizada: de 4,25% (Salvador) a 38,56%. Depois vêm Campo Grande (28,01%), Porto Alegre (21,62%) e São Paulo (19,54%).

A cesta mais cara foi calculada em São Paulo (R$ 673,45), enquanto a de menor custo foi a de Aracaju (R$ 454,03). Com base na primeira, o Dieese estimou em R$ 5.657,66, o salário mínimo necessário para as compras básicas de um trabalhador e sua família, ou 5,14 vezes o valor oficial (R$ 1.100). A proporção aumentou em relação a agosto (5,08).

Salário rende menos

O tempo médio para adquirir os produtos da cesta subiu para 115 horas e 2 minutos (113 horas e 49 minutos em agosto). Quem recebe o salário mínimo líquido (já descontada a Previdência) comprometeu 56,53% de sua renda para adquirir os alimentos básicos. Também mais do que no mês anterior (55,93%).

Segundo o Dieese, em setembro o preço do açúcar subiu em todas as capitais, chegando a 11,96% em Belo Horizonte. Já o café aumentou em 16, com alta de 15,69% em Goiânia. O óleo de soja teve alta em 15 cidades e o preço do pão francês, em 14. Manteiga (12 cidades), leite integral (11) e carne bovina (11) também registraram aumentos na maioria dos locais. Já o preço do feijão caiu em 13 capitais e o do arroz, em 10.

Gás de cozinha atinge o maior preço do século

A inflação segue descontrolada sob o governo Bolsonaro. De acordo com a OSP (Observatório Social da Petrobras), o preço nacional do gás de cozinha (GLP) atingiu em setembro a maior média mensal real (ajustada pela inflação) deste século: R$ 98,7 o botijão. Outro combustível que também segue em alta é a gasolina, com preço médio do litro a R$ 6,092.

A pesquisa aponta que em setembro o preço médio do GLP respondeu por 9% do salário mínimo no Brasil. O grande responsável pelo aumento é a política de preços da Petrobras, alinhada ao preço de paridade de importação, não levando em consideração a função social da Petrobras, em não apenas conter a alta nos preços dos combustíveis, mas também para reduzi-los.

A empresa brasileira de petróleo passou a reajustar o gás de cozinha mensalmente, de forma alinhada às cotações internacionais.

Fonte: Portal de Notícias RBA – Rede Brasil Atual



Sindicato dos Bancários de Dourados e Região - MS

Rua Olinda Pires de Almeida, 2450 Telefone 0xx67 - 3422 4884