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4 de Dezembro de 2010 às 22:59

Reunião da CUT debate correção da tabela do IR e projeto de país

Em marchas a Brasília, trabalhadores conquistaram correções que valeram até 2010. Um acordo entre a Central Única dos Trabalhadores, junto com as outras centrais sindicais e o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva garantiu, desde 2007, a correção da tabela do imposto de renda. Foram 4,5% de reajuste nos últimos quatro anos, após um grande período em que permaneceu engessada durante o governo FHC. Para 2011, no entanto, ainda não há uma política prevista. Por isso, o tema esteve no centro dos debates da reunião da Executiva Nacional da CUT, de terça a sexta-feira desta semana em Brasília. Também esteve na pauta do encontro que reuniu dirigentes sindicais de todo país a manutenção da política de valorização do salário mínimo e o reajuste dos aposentados. O Movimento Sindical e a CUT Querem a correção imediata da tabela do imposto de renda, de forma que esteja prevista no orçamento que será votado ainda neste mês de dezembro. Os trabalhadores lutam por aumento real nos salários e não é justo que o IR venha corroer parte significativa desses aumentos. As correções feitas até agora foram importantes e essa política tem de continuar. Injusto – Os dirigentes da CUT ressaltam o caráter regressivo do sistema tributário brasileiro e defendem mudanças que devem tornar a cobrança mais justa e progressiva: quem pode mais, deve pagar mais. Mas o que acontece é o contrário. No Brasil, quem pode menos paga mais, já que 60% dos impostos são indiretos, ou seja, taxam os produtos e serviços. Os países desenvolvidos, que têm impostos progressivos, taxam principalmente os ganhos e o patrimônio. PLR – Outro ponto que o Movimento Sindical Cutista critica, é a taxação da PLR recebida pelos trabalhadores. È preciso criar uma regra por meio da qual, até determinado limite, os bancários fiquem isentos do pagamento de imposto de renda sobre a PLR. A tributação deve recair sobre quem ganha demais, e esse não é o caso dos trabalhadores, afirmam os dirigentes. 2011 – A reunião da Executiva Nacional da CUT destacou que a eleição de Dilma Rousseff foi conduzida pela expectativa de aprofundar as mudanças no Brasil. E, para isso, é necessário ampliar os investimentos públicos em políticas sociais, aprofundar a ação do Estado e aplicar maciçamente recursos no desenvolvimento de setores como educação e saúde, além da valorização permanente do salário mínimo e da renda dos trabalhadores para gerar mais e melhores empregos. O presidente da Central, Artur Henrique, destacou que “tem de ter Estado” para promover essas mudanças e não limitar investimentos nas políticas públicas e sociais, como querem alguns setores. “Queremos uma outra forma de enxergar o movimento social e sindical. Não quero discutir só pauta de reivindicações. Quero discutir projeto de país. Nós temos propostas. Queremos ter influência política nos rumos do desenvolvimento.”



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