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30 de Outubro de 2010 às 22:59

Pouco confiante, PSDB não reservou sequer lugar para festa

Diagnóstico desanimador já circula em Minas Gerais, Estado apontado por Serra como palco da virada contra a rival do PT Apesar do empenho e otimismo de José Serra (PSDB) na última semana de corrida eleitoral, assessores e aliados sabem que uma vitória sobre Dilma Rousseff (PT) é improvável. Por isso não foi reservado nenhum local de comemoração para este domingo, quando eleitores escolherão o substituto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No primeiro turno, havia certeza de que tucano passaria a etapa e, por isso, a campanha alugou um espaço para eventos na capital paulista. O diagnóstico mais duro de que a vitória é improvável veio de Minas Gerais, onde Serra tinha esperança de que o senador eleito Aécio Neves (PSDB) ajudasse a promover uma virada. Na quinta-feira, ele e o governador reeleito, Antonio Anastasia, fizeram um relato de como estava a situação no Estado: Dilma se mantém forte no Norte e no Triângulo Mineiro, onde nem Anastasia venceu. Um integrante do PSDB mineiro que mantém diálogo frequente com Serra contou ao iG que a diferença em pontos percentuais entre Dilma Rousseff (PT) e Serra ficará nos números da contagem nacional. De acordo com as últimas pesquisas, a petista está 14 pontos percentuais na frente. “Minas é isso. Um retrato do Brasil mesmo”, disse o interlocutor tucano ainda enquanto Serra discursava para militantes do PSDB em evento político realizado na quinta-feira em Montes Claros, município localizado no semi-árido na região Norte de Minas. Na cidade, Dilma deverá vencer com facilidade. No primeiro turno, o tucano ficou em terceiro lugar. Ex-governador mineiro e senador eleito pelo PSDB, Aécio Neves também estava no evento. Assim como Serra, Aécio tentou demonstrar otimismo. “Acho que ainda dá. Não podemos nos preocupar com pesquisas. Tem um movimento silencioso em favor de Serra”, disse. Fazendo uma autocrítica, lideranças tucanas avaliam que esse “movimento silencioso”, como classificou Aécio, talvez seja tão silencioso que desanime eleitores, aliados e, especialmente, doadores. A ida de Serra ao segundo amenizou a dificuldade financeira pela qual a campanha tucana passou na primeira etapa, mas não foi o suficiente para enfrentar a robusta empreitada adversária. Desanimados, auxiliares de Serra tentam se espelhar no “chefe” e manter o vigor no fim da disputa. Na última semana de campanha, o tucano chegou a viajar para quatro Estados no mesmo dia. Ele, sim, não perde o ânimo, apesar dos avisos de auxiliares de que poderá perder a eleição também em Minas. As pesquisas de intenção de voto também contribuíram para o clima. Até mesmo o levantamento encomendado pelo próprio PSDB ao instituto carioca GPP, ligado ao ex-prefeito do Rio Cesar Maia, apontava vitória de Dilma a poucos dias da eleição. Daí a campanha de difamação da reputação dos principais institutos de pesquisa liderada pelo coordenador da campanha de Serra, o senador Sérgio Guerra. Como resume uma liderança tucana, a vitória de Serra é mais um desejo do que uma possibilidade real. No Nordeste, o candidato derrotado ao governo de Pernambuco pela aliança tucana, Jarbas Vasconcelos (PMDB), reconhece que o objetivo na região é “diminuir o tamanho da derrota”. Para isso, apostam na abstenção. No primeiro turno, os eleitores contaram com o transporte providenciado por candidatos a deputado para chegarem até as urnas. Sem essa ajuda, agora, a diferença entre Dilma e Serra pode cair, espera o deputado Raul Jungmann (PPS). Fonte: Site iG



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