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12 de Novembro de 2010 às 22:59

MTE e bancos ampliam cota de 5% para 7% do Programa Jovem Aprendiz

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) firmaram acordo para aumentar de 5% para 7% a cota mínima de jovens do Programa Jovem Aprendiz no setor bancário. Pelo acordo, assinado no dia 4 de novembro em São Paulo, os estabelecimentos terão um ano para cumprir a nova meta que, segundo o MTE, deve garantir o primeiro emprego a mais de 6 mil jovens de baixa renda. O Movimento Sindical Bancário acha louvável a ampliação do programa, estabelecido com os bancos em 2007, mas adverte que é preciso respeitar os princípios do Jovem Aprendiz. Um aprendiz pressupõe um mestre, ou seja, esse jovem tem que ser orientado por um trabalhador contratado pelo banco. Ele não deve e não pode substituir o bancário em suas funções. Lembra, ainda, que esse problema é constantemente verificado nos bancos. Um exemplo, são os jovens que ficam no atendimento dos caixas eletrônicos das agências. Na maioria das vezes, eles acabam exercendo essa função sozinhos, sem o acompanhamento de um bancário, como seria o correto. Trata-se de um serviço importante, o de auxiliar os clientes no uso dos caixas automáticos. Em geral a pessoa que faz isso tem acesso a dados confidenciais, como a senha, e em respeito aos correntistas, o banco não deveria delegar uma função como essa a um aprendiz, mas sim a um funcionário contratado pelo banco. O Movimento Sindical destaca o caráter social do programa, de abrir o mercado de trabalho para jovens carentes, mas ela diz que é importante lembrar que o aprendiz não ganha como um funcionário, recebe apenas uma ajuda de custo e, portanto, não deve assumir as responsabilidades de um. Por isso há ainda uma certa apreensão em relação a ampliação desta cota para 7%. É preciso ampliar o programa e também fiscalizar sua execução. Além disso, o Movimento Sindical critica o fato de não ser chamado para participar de acordos como esse. Já que é parte fundamental nesse processo e, como tal, deveria ser ouvido, fazendo as ponderações necessárias.



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