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16 de Setembro de 2010 às 23:59

Matéria do DiárioMS revela que passaia fez gravações em troca de delação premiada

O MPE (Ministério Público Estadual) confirmou ao Diário MS ontem que o jornalista e ex-secretário de Governo, Eleandro Passaia, recebeu delação premiada da PF (Polícia Federal) para atuar como um colaborador da Justiça e fazer as denúncias e gravações (de áudio e vídeo) que resultaram na “Operação Uragano”. Delação premiada é o benefício dado ao criminoso ou suspeito que aceite colaborar na investigação ou entrega de seus companheiros. A informação também foi confirmada pelo delegado da PF em Dourados, Bráulio César Galloni. Passaia denunciou o esquema que levou para a cadeia, além de Artuzi e da primeira dama, Maria Freitas Artuzi, quatro secretários, nove dos 12 vereadores da cidade e empresários. Com o auxílio da Polícia Federal, o jornalista atuou como uma espécie de “agente infiltrado”, gravando como micro-câmeras o pagamento de propina a vereadores e conversas sobre o “retorno” de 10% dos valores de contratos com empreiteiras, além de desvio de verbas de vários setores, inclusive da Saúde. Em todas as entrevistas e declarações a imprensa, o jornalista, que deixou Dourados no início da semana após pedir afastamento do cargo de secretário de Governo, negava a existência de qualquer tipo de acordo com a polícia para participar da operação. Passaia alegava que a decisão de denunciar o esquema de corrupção existente na prefeitura foi de âmbito pessoal, devido ao descaso do poder público diante dos problemas enfrentados pela população. No entanto, o MPE informou que Passaia não chegou a ser preso pela PF, como chegou a se especular em Dourados. O órgão informou que, como delator premiado, o jornalista está livre de qualquer sanção jurídica e que servirá apenas como testemunha no processo que deverá ser instaurado para responsabilizar os envolvidos no esquema de fraude em licitações e corrupção. Fonte: DiárioMS - Por Henrique de Matos



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