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19 de Maio de 2022 às 13:41

Lucro do BB tem diminuição de compromisso social, funcionários e agências

O lucro líquido do Banco do Brasil registrado no 1º trimestre de 2022 é 57,6% maior no comparativo ao mesmo período de 2021. Na contramão dos expressivos resultados, o banco, nos últimos 12 meses, desligou 1.410 funcionários e fechou 108 agências. Precarizou o serviço dos funcionários, o atendimento aos clientes e diminuiu empréstimos para médios e pequenos agricultores, comércio e empresas

Na rabeira dos grandes bancos do Mercado Financeiro brasileiro e até mundial, Itaú e Bradesco em lucratividade, o Banco do Brasil fechou os três primeiros meses do ano com lucro de R$ 6,66 bilhões, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o resultado é 57,6% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. Muito bom para os acionistas e rentistas, mas um desastre para os funcionários, a população e o Brasil!

Em 2021, no ano em que a Covid-19 mais matou no Brasil, o banco já havia obtido lucro de R$ 21 bilhões, superando em 51% o resultado de 2020. Apesar do lucro expressivo de 2021, que se repete nos primeiros três meses do ano, o BB desligou 1.410 funcionários e fechou 108 agências tradicionais nos últimos 12 meses. Com os cortes, o banco fechou o trimestre com 86.466 funcionários e 3.176 agências.

O resultado disso são agências lotadas, com mau funcionamento dos autoatendimentos, que estão com máquinas sucateadas, atendimento falho aos clientes por conta da sobrecarga de trabalho dos funcionários que ficaram e acumularam funções. Adoecimento de bancários e bancárias, assédio para cumprir metas absurdas, enfim, totalmente voltado a mais lucros com menos trabalhadores, ou seja, massacrando os funcionários e funcionárias. Além de não atender corretamente a população de baixa renda, os pequenos e médios agricultores, comerciantes e empresas como deve ser o papel de um banco público criado para ter compromisso social e fomento das riquezas da Nação.

BB deveria cumprir o compromisso social

O maior compromisso do BB é social! É um banco público de economia mista, certo, mas o maior acionista é o povo brasileiro. O que acontece na atual gestão é o contrário, o governo trabalha para os interesses exclusivos do mercado financeiro, rentistas e grandes empresários. O banco aumentou o desemprego e contribui para a derrocada da economia (que deveria proteger) desligando mais de 1.400 funcionários em 12 meses, em plena pandemia.

De acordo com o Dieese, que analisou os resultados do banco, houve crescimento nas carteiras de crédito voltadas às grandes empresas (+18,6%) e ao agronegócio (+28,2%). Ao mesmo tempo em que encolheram os investimentos em linhas de crédito destinadas ao social, como o Pronamp (-6,5%), que atende a médios agricultores.

Outros resultados

As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias no primeiro trimestre de 2022, segundo o Dieese, aumentaram 9,4% em um ano, alcançando R$ 7,52 bilhões. As despesas com pessoal, incluindo o pagamento da PLR, totalizaram R$ 6,04 bilhões, redução de 4,2% na mesma comparação, a despeito das despesas com os programas de desligamentos (PDE –Programa de Desligamento Extraordinário e PAQ –Programa de Adequação de Quadros).

Reduziram despesas com pessoal e aumentaram as receitas com prestação de serviços e tarifas. Por meio de PDE e PAQs nitidamente o banco público está sendo encaminhado a um processo de entrega ao mercado visando sua privatização.

O Banco do Brasil sempre teve o papel de agente fomentador de políticas públicas para atender aos interesses da sociedade brasileira.

Fonte: Seeb-Santos



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