Notícias

1 de Novembro de 2020 às 17:59

Desemprego bate novo recorde no país, com bancos demitindo em massa

A perspectiva não é de melhora, já que até agora o governo Bolsonaro não apresentou nenhum plano de recuperação econômica pós coronavírus.

O índice que mede o desemprego no Brasil alcançou um novo patamar no terceiro trimestre do ano, segundo o IBGE. A taxa chegou a 14,4% de toda a força de trabalho brasileira. A Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) mostra que 13,8 milhões de pessoas estão sem empregos formais, maior número desde 2012.

Com a pandemia do coronavírus desde março, a população desocupada vem aumentando. Reflexo do despreparo do governo Bolsonaro, que não conseguia gerar emprego e renda antes da crise sanitária, e nem garantiu vagas de trabalho durante o agravamento da Covid-19.

Dentre os setores que mais perderam vagas no período estão o de alojamento e alimentação (15,1%, ou 661 mil pessoas a menos), transporte (11,1%, ou menos 507 mil empregados) e outros serviços (11,6%, ou 510 mil vagas). Já na construção teve estabilidade no número de vagas. Apenas a agricultura registrou alta de 2,9%, com 228 mil vagas a mais.

Quanto aos desalentados, as pessoas que desistiram de procurar emprego, também houve um infeliz recorde histórico. No fim do terceiro trimestre, concluído em agosto, eram 5,9 milhões de brasileiros nesta condição, enquanto no mesmo período de 2019 eram 4,8 milhões. A perspectiva não é de melhora, já que até agora o governo não apresentou nenhum plano de recuperação econômica pós coronavírus.

No início da pandemia governo liberou R$ 1,2 trilhão aos bancos que em contrapartida demitem em massa

Contribuindo negativamente para o agravamento do desemprego que atingiu mais de 14 milhões no país, os bancos já demitiram mais de 12 mil trabalhadores este ano, de acordo com do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia. 

Isso depois de terem sido agraciados pelo Governo Bolsonaro com a liberação de R$ 1,2 trilhão no início da pandemia da Covid 19, sob o pretexto de evitar falta de recursos e facilitar concessão de crédito. Volume é quase 10 vezes maior do que o movimentado na crise de 2008.

A contrapartida social dos bancos tem sido as demissões em massa e, o governo que não apresenta nenhuma medida de enfrentamento ao desemprego de mais de 14 milhões de pais e mães de família em todo o país, também assiste passivamente a covardia dos bancos ao quais ele encheu os cofres com dinheiro público no início da pandemia.

Aos trabalhadores e trabalhadoras não resta outra saída a não ser enfrentar o descaso dos banqueiros e do governo nas ruas e nas urnas. Em ano eleitoral devemos analisar bem este cenário na hora de exercermos a nossa cidadania nas urnas.



Sindicato dos Bancários de Dourados e Região - MS

Rua Olinda Pires de Almeida, 2450 Telefone 0xx67 - 3422 4884