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22 de Novembro de 2010 às 22:59

Contraf-CUT e CNTV lançam projeto de lei para combater

A Contraf-CUT e a Confederação Nacional dos Trabalhadores Vigilantes (CNTV) efetuaram na última sexta-feira, dia 19, o lançamento nacional do projeto de lei municipal para combater o crime de "saidinha de banco". A atividade ocorreu, no Dayrell Hotel, em Belo Horizonte, durante a solenidade de posse da nova direção da CNTV. A iniciativa será agora lançada nos estados e municípios pelos sindicatos e federações de bancários e vigilantes e levada para discussão nas câmaras municipais em todo país, "Não é proibindo o uso de celulares no interior dos bancos que se impedem terceiros de visualizar os saques de dinheiro dos clientes, mas reforçando a estrutura e os procedimentos de segurança dos estabelecimentos", afirmou o secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr. "Escolhemos Belo Horizonte para lançar esse projeto para trazer mais segurança para trabalhadores e clientes porque, segundo dados da polícia militar, ocorrem em média 70 ocorrências por mês de crimes de saidinha de banco na cidade", destacou o presidente da CNTV, José Boaventura Santos. "Conforme notícias da imprensa, tivemos 21 mortes envolvendo assaltos a bancos em 2010, sendo oito em saidinhas de banco, das quais duas aconteceram na capital mineira", ressaltou o sindicalista. Durante o lançamento, cópias do projeto foram entregues aos presidentes do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte, Clotário Cardoso, da Federação dos Trabalhadores em Instituições Financeiras de Minas Gerais (Fetraf-MG), Magali Fagundes, e do Sindicato dos Vigilantes de Minas Gerais, Romualdo Ribeiro. Também estiveram presentes o vice-presidente da Contraf-CUT, Neemias Rodrigues, o secretário de organização da CUT, Jacy Afonso, a deputada federal Jô Moraes (PCdoB-MG), o deputado estadual Carlos Gomes (PT-MG), o deputado distrital eleito Chico Vigilante (PT-DF) e a vereadora de Belo Horizonte, Maria Lúcia Scarpelli (PCdoB), além de dirigentes de sindicatos de bancários e vigilantes de todo país. Os parlamentares também receberam cópias do proejto. O projeto O projeto está baseado na ampliação dos equipamentos e medidas de segurança nos estabelecimentos dos bancos, estabelecendo: 1- Equipamentos de prevenção: - portas giratórias com detectores de metais antes do autoatendimento, com recuo após a fachada externa para facilitar acesso contendo armário de portas individualizadas e chaveadas para guarda de objetos de clientes; - câmeras de filmagem em tempo real com monitoramento externo nas áreas de circulação de clientes nos bancos, incluindo calçadas externas e estacionamento, onde houver; - vidros blindados nas fachadas externas, no nível térreo e nas divisórias internas das agências e postos de atendimento no mesmo piso 2- Equipamentos de privacidade nas operações: - divisórias opacas e individualizadas, com altura de dois metros entre os caixas, inclusive nos caixas eletrônicos, para garantir a privacidade dos clientes durante as suas operações bancária; - biombos ou estrutura similar, com altura de dois metros entre a fila de espera e a bateria de caixas das agências, bem como na área dos terminais de autoatendimento, cujos espaços devem ser observados pelos vigilantes e controlados pelas câmeras de filmagem, visando impedir a visualização das operações bancárias por terceiros 3- Equipamentos para melhorar as condições de trabalho dos vigilantes: - uso de colete a prova de balas, arma de fogo e arma não letal autorizada; - assento apropriado e escudo de proteção, - proibição ao vigilante de exercer qualquer outra tarefa que não seja a de segurança. Colocar a vida das pessoas em primeiro lugar "Queremos proteger a vida de bancários, vigilantes, clientes e usuários, bem como melhorar as instalações de segurança das instituições financeiras, diante da onda de assaltos a bancos, que tem causado mortes, feridos e pessoas traumatizadas", frisou Ademir. Os bancos possuem recursos sobrando para melhorar as instalações de segurança. Somente até setembro deste ano, os cinco maiores bancos (BB, Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Caixa) acumularam lucros de R$ 32,08 bilhões. "Aplicar em recursos para prevenir assaltos não pode ser tratado como custo pelos bancos, mas como investimento na proteção da vida das pessoas", salientou o diretor da Contraf-CUT. "Os bancos precisam fazer a sua parte, melhorando as precárias condições de segurança privada nos estabelecimentos, assim como os governos devem investir mais na segurança pública, a fim de proteger efetivamente os trabalhadores e a sociedade", concluiu Boaventura. Fonte: Contraf-CUT com CNTV



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