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22 de Junho de 2011 às 23:59

Bancários protestam nesta quarta contra Santander na final da Libertadores

Faixas e panfletos vão denunciar aos torcedores que acompanharão a final da Copa Santander Libertadores todo o desrespeito com que o banco espanhol - patrocinador do evento - trata seus funcionários e aposentados nas Américas. O protesto será promovido pelo Sindicatos Bancários de São Paulo, Afubesp, Fetec-SP, Contraf/CUT e UNI Américas nesta quarta-feira, dia 22 de junho, em frente ao Estádio do Pacaembu, em São Paulo, durante o jogo final entre Santos e Peñarol. As entidades vão ressaltar a fraude histórica empreendida pelo Santander ao tentar colar sua imagem a um torneio que homenageia a memória daqueles que morreram para conquistar a independência das Américas diante da exploração colonial das potências europeias, como a Espanha. "O banco tem explorado os trabalhadores em todos os países das Américas com práticas antissindicais, assédio moral para o cumprimento de metas absurdas e ainda dá calote nos aposentados do antigo Banespa apenas para acumular lucros cada vez maiores que são remetidos para matriz espanhola e pagar salários milionários à diretoria executiva", diz a secretária de Finanças do Sindicato e vice-presidenta da Afubesp, Rita Berlofa. "Os trabalhadores querem que o Santander assine um acordo global que respeite direitos fundamentais dos trabalhadores, como à organização, à sindicalização e ao diálogo social, independentemente do país em que atua", ressalta. "Há anos a Afubesp faz parte do grupo de entidades que apoiam a campanha de mídia que leva a eventos esportivos patrocinados pelo banco faixas e cartazes exigindo respeito", explica o presidente da Afubesp e diretor executivo do Sindicato, Paulo Salvador. "Um deles é a Copa Libertadores da América, ironicamente bancada hoje por uma instituição que nasceu e mantém sua sede em um dos principais países colonizadores do continente, a Espanha." Para o secretário de imprensa da Contraf-CUT e diretor de assuntos jurídicos da Afubesp, Ademir Wiederkehr, "os funcionários do Santander no Brasil não podem continuar submetidos à rotatividade e à pressão de metas abusivas, muitos adoecendo, trabalhando em locais inseguros e sem um plano de cargos e salários que garanta transparência e igualdade de oportunidades na contratação, na remuneração e na ascensão profissional, enquanto os diretores e membros do Conselho de Administração ganham uma média de R$ 381 mil por mês, conforme foi aprovado por maioria na assembleia dos acionistas que destinou para eles uma remuneração global anual de R$ 283,5 milhões". "O Brasil é hoje responsável sozinho por mais de 25% do lucro mundial do Santander. No primeiro trimestre deste ano, o banco lucrou aqui R$ 2,071 bilhões, o que permite reconhecer e saldar as dívidas do banco com os trabalhadores da ativa e aposentados, como o aporte de recursos para serviço passado do plano II do Banesprev, a correção das aposentadorias do pessoal pré-75 do ex-Banespa e o restabelecimento das condições vigentes anteriormente aos funcionários do ex-Real que eram participantes até 31 de maio de 2009 do ex-HolandaPrevi, hoje SantanderPrevi", destaca o diretor da Contraf-CUT. Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo



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