Nesta segunda-feira as 18 horas na sede do Sindicato em Dourados haverá uma assembléia-geral da categoria para avaliar a greve nacional e definir se os bancários de Dourados vão aderir a paralisação nacional que começou na quinta-feira dia 6/10. Precisar resistir para conseguir ao menos um reajuste que reponha a inflação e temos que enfrentar uma luta difícil e vencer diversas barreiras. Primeiro vem à intransigência dos patrões na mesa de negociação, que se negam a fazer propostas condizentes com as reivindicações. Depois, tem a violência contra os trabalhadores nos piquetes, com ameaças e agressões policiais. Além disso, a categoria ainda sofre com os interditos proibitórios que, na prática, negam o direito de greve. O interdito, decisão judicial que visa proteger um patrimônio ameaçado, é uma medida autoritária e descabida. A greve, em nenhum momento, ameaça as instalações físicas das agências ou equipamentos. Na verdade, os banqueiros usam a Justiça para chamar a polícia, intimidar os trabalhadores e acabar com a manifestação. As liminares também invadem a competência da Justiça do Trabalho, pois a paralisação das atividades é um direito legítimo, assegurado pela Constituição Federal. O Movimento Sindical, tem acionado a Justiça contra os interditos e travado uma verdadeira batalha para que os trabalhadores exerçam o direito de lutar por melhores condições de trabalho. Os banqueiros fazem de tudo para desmobilizar a categoria. Ameaçam transferir, destituir função ou demitir os funcionários que participem da greve. Obrigam os trabalhadores a chegarem de madrugada para trabalhar, na tentativa de furar o piquete. Intimidam, estimulam um clima de denuncismo e de vigilância eterna nas agências. Os bancos utilizam de todas as pressões e recursos para coagir os empregados dispostos a lutar por melhores condições de trabalho e salário justo. Mesmo assim, diante de tanta opressão, não vamos baixar a cabeça e precisamos reagir ante essa instrasigência.