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20 de Novembro de 2010 às 22:59

Ato em São Paulo lembra 10 anos da luta contra a privatização do Banespa

Para lembrar os 10 anos da privatização do Banespa, concretizada no dia 20 de novembro de 2000, a Contraf-CUT e diversas entidades sindicais e associativas realizaram um ato de protesto no centro de São Paulo, na rua João Brícola, em frente à torre que era símbolo do banco. "É necessário lembrarmos sempre da traição dos governos do PSDB para com a população de São Paulo e do Brasil que foi o processo de privatização. A venda de empresas públicas, como o Banespa e a Nossa Caixa, foi um absurdo. Sabemos o quanto é importante o papel dos bancos públicos no desenvolvimento econômico para gerar crescimento econômico e social. Não podemos deixar a população esquecer esses governos nefastos", afirmou o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro. Ele destacou ainda a importância que a luta contra a privatização do Banespa teve para o movimento sindical bancário. "Foi uma luta de resistência e de conquistas, que envolveu várias lideranças, entre elas o Antonio Carlos Vilela. Todos estes companheiros, que são agora homenageados na pessoa do Vilela, foram importantes na formação dos dirigentes sindicais de hoje, inclusive eu", frisou. Ex-diretor do Sindicato dos Bancários do Rio Janeiro, Antonio Carlos Vilela foi um importante nome da resistência à privatização, e que faleceu poucos dias após o leilão que determinou a venda do banco. A mobilização se notabilizou pelo diálogo com a população, por meio do resgate da história do Banespa, da luta contra a privatização e dos personagens que foram peças-chave na resistência à venda - ao grupo espanhol Santander - de um dos mais importantes e ricos patrimônios públicos de São Paulo. Um cartão postal era distribuído desde as primeiras horas da manhã desta sexta, estampando a foto da torre do Banespa, com o título "Cartão Postal da Traição" e texto relembrando a polêmica privatização promovida pelo governo do PSDB. O presidente da Afubesp, Paulo Salvador, também lembrou a traição dos tucanos. "O Mário Covas, governador do Estado na época, e que tinha o Geraldo Alckmin como vice, assumiu o compromisso de fortalecer o banco, mas permitiu a venda ao Santander pelo governo do PSDB", disse. Sobre a escolha da torre, o presidente da Afubesp explicou: "a torre é um dos símbolos da riqueza e do crescimento histórico do Estado de São Paulo, algo que o Banespa ajudou a construir". A presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira, lembrou que o lucro do Santander no Brasil representa 25% dos ganhos globais do grupo espanhol. "Se o lucro do Brasil é tão importante para a instituição espanhola, por que não seria para o Estado de São Paulo?", disse, na tentativa de derrubar alguns dos mitos utilizados à época para tentar justificar a venda do Banespa, como o de que o banco estaria quebrado. Desenvolvimento A defesa do papel dos bancos públicos como fomentadores do desenvolvimento foi destacado por todos que participaram do ato. A atuação do Banco do Brasil, Caixa Federal e BNDES, durante a mais recente crise financeira mundial mereceu destaque, já que os bancos públicos ampliaram a oferta de crédito, diferentemente das instituições nacionais privadas que retraíram e em especial as estrangeiras internacionais, que até remeteram recursos a seus países. Além de Carlos Cordeiro, Paulo Salvador e Juvandia Moreira, participaram do ato os integrantes da Comissão Nacional de Aposentados (CNAB) Herbert Moniz, Oliver Simioni e Sérgio Zancopé; o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr; as diretoras do Sindicato de São Paulo, Rita Berlofa e Vera Lúcia Marchioni; o deputado estadual eleito e ex-presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino; Gilmar Carneiro, ex-presidente do Sindicato de São Paulo; e Vagner Freitas, secretário de Finanças da CUT Nacional. Fonte: Contraf-CUT, com Seeb São Paulo e Afubesp



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