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18 de Agosto de 2010 às 23:59

Assédio moral gera humilhação e medo

O site do Sindicato dos Bancários de Dourados e Região fez uma enquete nas últimas duas semanas sobre assédio, e a constatação feita com base no resultado da enquete é exatamente a que a categoria tem convivido na maioria das agências brasileiras. Dos que responderam a enquete, 81,82% responderam que já sofreram algum tipo de assédio no trabalho, contra apenas 18,18% que responderam negativamente a pergunta. Abaixo um exemplo vivido por uma ex-bancária do Unibanco no Estado da Bahia, mas que se repete com freqüência praticamente em todos os bancos e agências do país. Cobrança por metas impossíveis, extensão da carga horária de trabalho, ameaças de demissões e humilhações. Essa era a rotina da ex-funcionária do Unibanco, Lúcia Pereira, assediada moralmente pela gerência por quatro anos, com reflexos na vida pessoal e na saúde. Durante as reuniões realizadas na agência, a ex-bancária e outros colegas eram chamados de “incompetentes”. Às vezes, as agressões verbais também eram feitas em público, refletindo em alto nível de estresse e na vida pessoal. Lúcia Pereira descarregava toda a angústia e insatisfação do trabalho nos familiares. Para acabar com os problemas gerados em decorrência do assédio moral, a ex-bancária resolveu entrar com processo contra o banco. “Só uma ação na Justiça é possível trazer algum tipo de reparação, mas nunca o esquecimento por tamanha humilhação e constrangimento sofridos”. Os departamentos de Saúde e Jurídico do Sindicato dos Bancários de Dourados e Região estão à disposição da categoria para tentar amenizar os problemas atribuídos pelo assédio moral ou sexual sofrido no ambiente de trabalho. Reivindicação O fim do assédio moral é uma das principais reivindicações dos bancários na campanha salarial deste ano. Está em tramitação na Câmara Federal projeto de lei que visa incluir o assédio moral nos casos de acidente de trabalho. O tema é prioridade da categoria.



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