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20 de Janeiro de 2011 às 22:59

A dança do emprego nos bancos é grande

Enquanto os grandes bancos batem recorde de lucratividade, os baixos salários e a redução drástica do número de empregados são retratos da uma realidade que a categoria gostaria de esquecer. No MS, os bancários também convivem com o medo da demissão, que acontece sem dó nem piedade. Nos últimos cinco anos, 1.634 funcionários foram colocados no olho da rua. A onda de demissões foi intensa até no ano passado, quando o Brasil bateu recorde em geração de emprego. Em 2010, nada menos do que 332 bancários foram dispensados e o quadro de funcionários no Estado terminou em 13.023. Os números revelam que os bancos continuam na contramão do desenvolvimento. O Bradesco, sem dúvidas, é o mais irresponsável. Nos últimos cinco anos, 623 bancários foram demitidos sem justa causa. Em seguida aparece o Santander com 266 demissões e o Itaú com 253. O HSBC vem logo depois com 147 bancários baianos colocados na rua. As consequências são sentidas no dia-a-dia dos poucos empregados que restam nas agências. A pressão para cumprir metas, o assédio moral, a sobrecarga de trabalho e as doenças ocupacionais fazem parte da rotina do bancário baiano e atualmente 30% dos funcionários do setor sofrem com algum tipo de mal, seja físico ou psíquico. Outros atingidos diretamente pelas demissões são os clientes, obrigados a enfrentar filas gigantescas para fazer alguma operação. E nem quando recorrem aos terminais de auto-atendimento têm a garantia de sair com a transação feita. As máquinas estão sempre quebradas e os banqueiros nada fazem.



Sindicato dos Bancários de Dourados e Região - MS

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