Notícias

1 de Janeiro de 2001 às 22:59

3ª Marcha Nacional do Salário Mínimo

(São Paulo) O dia vai amanhecer diferente em Brasília nesta quarta-feira, 6 de dezembro. Ao invés de políticos e autoridades, as ruas da capital federal serão tomadas por milhares de trabalhadores. É a 3ª Marcha Nacional do Salário Mínimo, promovida pela CUT em conjunto com outras centrais sindicais. A estimativa é que manifestação reúna mais de 10 mil trabalhadores, das mais diversas categorias e regiões. Os bancários prometem ser destaque novamente este ano. Caravanas organizadas por sindicatos e federações do país inteiro levarão os trabalhadores do ramo financeiro para engrossar a Marcha em Brasília. A Contraf-CUT também enviou seus representantes, com uma comitiva formada por diretores. “A valorização do salário mínimo não interessa só aos trabalhadores que recebem este piso. O efeito do reajuste em R$ 420 para a economia brasileira é importantíssimo, pois gera mais consumo e aumenta a produção, melhorando, de quebra, a arrecadação em todas as esferas. Mas para os bancários, há outra bandeira desta Marcha que nos interessa diretamente. É a luta pela correção da tabela do Imposto de Renda em 7,7%. Com este reajuste, vamos repor a inflação que falta do governo Lula e garantir mais dinheiro no bolso do trabalhador”, destacou Vagner Freitas, presidente da Contraf-CUT. A concentração das delegações dos bancários e das outras categorias começa às 9h, no estacionamento do estádio Mané Garrincha (Eixo Monumental – Asa Norte). Uma hora depois, os trabalhadores partem em caminhada rumo à Esplanada dos Ministérios, onde será realizado ato político. “Vamos realizar uma grande Marcha pelo aumento do salário mínimo e pela correção do imposto de renda. Os bancários já mostraram sua disposição ao participarem na semana passada de uma série de manifestações pelos estados, que antecederam a Marcha Nacional. Em São Paulo, por exemplo, fizemos uma passeata pelas ruas do Centro, com mais de 2.500 trabalhadores. Os bancários participaram massivamente porque queremos a correção da tabela do IR. Temos tido aumento real de salários, mas sem o reajuste da tabela nosso salário será corroído pelo imposto”, afirma o secretário-geral da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro. O secretário de Imprensa da Contraf-CUT, William Mendes, lembra da importância desta Marcha, principalmente pela manifestação ocorrer no governo Lula. “Antigamente, os trabalhadores não eram nem recebidos em Brasília. Com um governo democrático e popular, conseguimos inserir as questões que interessam aos movimentos sociais na pauta das discussões. Vale lembrar que durante oito anos de governo FHC, a tabela do IR foi corrigida uma única vez. Já no governo Lula, em três anos, a tabela foi corrigida duas vezes. Mas ainda falta este acerto para recompor a inflação”, ressalta. Na quinta-feira, um dia após a Marcha, os dirigentes das centrais realizam uma série de audiências com ministros e lideranças parlamentares para a entrega oficial da pauta de reivindicações. As reuniões marcam o início das negociações. Veja abaixo as bandeiras desta 3ª Marcha: - Reajuste do salário mínimo dos atuais R$ 350 para R$ 420 em março de 2007. - Correção da tabela do Imposto de Renda em 7,7%, como forma de zerar as perdas inflacionárias do primeiro mandato do governo Lula. - Criação de uma política de Estado para a valorização permanente do salário mínimo, com o objetivo de elevá-lo aos valores defendidos pelo Dieese. Fonte: Contraf-CUT



Sindicato dos Bancários de Dourados e Região - MS

Rua Olinda Pires de Almeida, 2450 Telefone 0xx67 - 3422 4884