Banco do Brasil

9 de Março de 2018 às 10:52

Sindicato denuncia privatização do Banco do Brasil

Se os funcionários da instituição não reagirem os brasileiros vão perder a maior instituição financeira e pública do país.

Isso serve de alerta também para os empresários, agricultores e pecuaristas que dependem do banco para manter seus negócios. O Alerta é do Sindicato dos Bancários de Dourados e Região-Ms, que teve acesso ao movimento patrimonial do banco e constatou que o  governo Temer está vendendo todo o patrimônio nacional na surdina e com o aval da grande mídia que não faz qualquer alarde.

O Banco do Brasil está na lista das empresas públicas desmontadas e preparadas para ser vendida ao capital privado internacional.

Nos dois primeiros meses desse ano, por exemplo, o governo vendeu mais de 18 milhões de ações do BB que estavam no FSB (Fundo Soberano do Brasil).

O Movimento Sindical alerta que, com a medida, o governo dá mais um passo para privatizar o banco, que é uma importante instituição para o país e fundamental para o desenvolvimento do país.

A venda ainda não terminou. Mas, a previsão inicial, que era 2019 foi revista e ao que tudo indica deve encerrar ainda neste ano se nada for feito.

O objetivo é  acabar, a participação da União no capital do Banco do Brasil e então, cairá dos atuais 54,4% para 50,73%. Com esse montante o governo que é o maior acionista fica sem forças e inicia o processo de venda do banco.

Assim como fez em outros momentos da história, o movimento sindical amplia a luta em defesa das empresas públicas. No Mato Grosso do Sul, o Sindicato dos Bancários de Dourados e Sindicato dos Bancários de Campo Grande realizou quatro audiências públicas para denunciar esse desmonte juntamente com o deputado estadual João Grandã-PT, que é diretor sindical bancário.

O funcionário do BB e a sociedade precisa participar. As estatais são essenciais para a soberania nacional e no combate as desigualdades sociais, mas não significa perda apenas para o funcionalismo e desmonte do BB, significa a demissão de milhares de trabalhadores terceirizados das áreas de apoio, como limpeza, telefonia e segurança. Vão prejudicar o atendimento do público mais necessitado, principalmente das regiões mais afastadas e carentes onde muitos municípios e estados falidos deixam de pagar os servidores e aposentados e o BB tem socorrido essas cidades.

O BB há cerca de um ano fechou 500 agências e transformou outras 400 em postos de atendimento. Cortou aproximadamente 10 mil funcionários sem repor um sequer, prejudicando terrivelmente o atendimento o atendimento a todos os tipos de clientes. Muito tiveram suas contas migradas para agências sem condições de atendimento, já que o número  reduzido de funcionários tem provocado horas de espera para realizar serviços necessários dentro das agências. 

 No início de 2018, o BB numa ação ousada anunciou nova reestruturação com fechamento de várias outras unidades em todo o país, com a centralização de serviços em outras localidades e a eliminação de 1,2 mil caixas nas  agências, repetindo o mesmo quadro de piora no atendimento aos clientes.

Estudos revelam que nos últimos anos, a Caixa e o Banco do Brasil foram fundamentais para manter o crescimento do país, investindo do acesso da população aos serviços bancários e na expansão do crédito. Segundo o professor do Instituto de Economia da Unicamp Fernando Nogueira da Costa, os bancos públicos têm papel crucial no acesso popular, ampliando a abertura de contas para trabalhadores formais e informais, e também na capacidade de financiamento produtivo, corrigindo falhas do mercado financeiro, baixando taxas e juros e cumprindo políticas públicas de cunho social.

“Os bancos privados têm como foco a área de investimento e a busca pelo lucro, beneficiando principalmente clientes de alta renda. Já os bancos públicos têm maior fonte de captação na poupança – 38% na Caixa e 20% no Banco do Brasil –, o que beneficia a população de baixa renda, e financiam setores menos lucrativos, como a habitação e a agricultura familiar, entre outros”, resume o professor da Unicamp.

Em outras palavras, os bancos públicos são essenciais porque há atividades e setores econômicos que os bancos como Itaú, Bradesco e Santander não têm interesse em participar. Assim, o Banco do Brasil e a Caixa são necessários para viabilizar políticas econômicas e sociais em áreas como habitação, saneamento, infraestrutura, educação, esporte, cultura e agricultura. Por isso, essas instituições tornam-se imprescindíveis para o desenvolvimento do país e para aumentar o bem-estar social da população.

As medidas de desmonte dos bancos públicos implementadas pelo Governo Temer impactam também a população rural. Um exemplo é o corte de 39% no orçamento destinado ao Pronaf, programa de fortalecimento da agricultura familiar operado pelo Banco do Brasil. 



Diretoria

Carlos Alberto Longo
Presidente
Christian Luiz Pereira
Diretor Regional
Alcindo Machado Franco
Titular
Francisco Martins de Souza
Titular
Marcos Pereira Araújo
Titular
Roselene Silva O. Silvério
Suplente
Priscila Forni Donzelli Bonadio Lopes
Suplente

Sindicato dos Bancários de Dourados e Região - MS

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