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23 de Outubro de 2019 às 10:50

Senado aprova a reforma mais cruel para a classe trabalhadora

Por 60 votos a 19, senadores aprovaram em segundo turno a reforma da Previdência. O texto diminui valores dos benefícios e endurecem o acesso para aposentadoria e pensões de trabalhadores, viúvas e filhos

Em um duro golpe para milhões de trabalhadores brasileiros, a reforma Previdência foi aprovada, em segundo turno, pelo Senado, na noite desta terça-feira (22/10). A proposta do governo Bolsonaro, que vai diminuir os valores dos benefícios e endurece o acesso para aposentadoria e pensões de trabalhadores, viúvas e filhos, foi aprovada com 60 votos a favor e 19 contra. Retrocesso.

Os três senadores do Mato Grosso Sul, Nelsinho Trad(PSD), Simone Tebet (MDB), Soraya Thronicke(PSL)  votaram pela aprovação da reforma da Previdência.

Enquanto a PEC nº 006/2019 agrada apenas o mercado financeiro, o trabalhador será ainda mais penalizado com o aumento do tempo de contribuição para quem trabalha em atividades insalubres, além de praticamente por fim na aposentadoria especial e diminuir o valor do benefício para quem se aposenta por invalidez.

A reforma da Previdência prevê a obrigatoriedade de idade mínima para a aposentadoria de 65 anos para os homens e 62 para as mulheres. As regras atuais estabelecem que para se aposentar por idade seriam necessários 15 anos de contribuição para ambos os sexos, mas, os homens se aposentavam aos 65 anos e mulheres aos 60.

Ainda tem mais ataques. O valor do benefício para aposentadoria por idade, com a proposta de Bolsonaro e Paulo Guedes, será de apenas 60% da média geral de todas as contribuições, a partir de 1994. Serão acrescidos 2% a cada ano que ultrapasse os 20 anos de contribuição no caso dos homens e 15 anos no caso das mulheres.

Além disso, viúvos e dependentes só receberão 60% do valor da aposentadoria em caso de morte do trabalhador, com acréscimo de 10% por cada dependente, menor de 21 anos, não emancipado, até chegar aos 100% do valor do benefício. A pensão não poderá ser inferior ao salário mínimo - R$ 998,00.

Para tentar barrar a aprovação da reforma da Previdência, a mobilização do povo ao lado do movimento sindical foi intensa.  Inclusive, foram as diversas manifestações pelo país que resultaram na diminuição dos impactos da proposta, como aconteceu com a retirada, mesmo que de forma estratégica, do regime de capitalização.



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