Projeto de Reforma da Previdência no Congresso
Ainda pior do que a de Michel Temer, a reforma da Previdência foi entregue ao Congresso Nacional nesta quarta-feira (20/02), por Bolsonaro, que foi recebido com laranjas. Os retrocessos são imensos e caso aprovada, o trabalhador terá uma dificuldade considerável para conseguir se aposentar.
As novas regras ampliam o período de atividade do trabalhador e acaba com a aposentadoria exclusiva por tempo de contribuição. Agora tem de somar contribuição e idade. Homens têm de ter 65 anos e mulheres 62 anos, mais 20 anos de contribuição. Neste caso, o benefício não é integral.
Para receber a aposentadoria por completo é preciso contribuir por 40 anos. Menos os militares que não serão alcançados pela reforma. De acordo a pesquisa XP/Ipespe, 70% da população rejeita a idade mínima fixada no projeto.
Como se não bastasse, acompanha o modelo de capitalização, defendido por Paulo Guedes. As mudanças afetam de forma cruel os mais pobres, aqueles que ganham um salário mínimo de R$ 998,00 que ainda terão de separar uma parte para no futuro receber algum benefício.
O INSS também será desgastado, pois o que sustenta o órgão é justamente a contribuição do trabalhador, podendo afetar inclusive os aposentados de hoje. A reforma da Previdência só gera ganhos para o sistema financeiro, que vai receber a fatia.