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18 de Junho de 2020 às 23:46

Projeções em prédios exigem fim de demissões no Santander

O Santander obteve lucro líquido de R$ 3,85 bilhões em apenas três meses – janeiro a março. Embora o resultado seja excepcional, o banco espanhol quer desligar 20% dos funcionários brasileiros. Detalhe: as demissões acontecem no auge da crise causada pelo novo coronavírus no país.

Diante do total descaso, o movimento sindical amplia as manifestações contra a empresa. Nesta quinta-feira (18/06), em diversas cidades, projeções feitas em prédios denunciavam os desligamentos, as metas abusivas, a política desrespeitosa de oferta de produtos e os juros extorsivos cobrados aos clientes. A ação faz parte da campanha #SantanderRespeiteOBrasil, iniciada nesta semana.

Para piorar, o presidente do Santander no Brasil, Sérgio Rial, desdenha e mente. Para a grande imprensa, nega os desligamentos. Mas, na prática, demite e quando questionado pelo movimento sindical sobre o compromisso de não desligar durante a pandemia, argumenta que não tem mais acordo algum. Um descaso com o país responsável por 29% do lucro mundial do banco.   

Não é só isso. O tratamento dado pelo Santander aos brasileiros é discriminatório. Enquanto na Espanha os trabalhadores não são inseridos no banco de horas e na Argentina ganham um complemento de salário para os custeios de internet e energia, no Brasil, parte dos bancários do grupo de risco são convocados para retornar ao trabalho quando a curva de contágio da Covid-19 ainda está em ascensão. 

Tem ainda a cobrança absurda de metas. Semanalmente as médias são elevadas. A capitalização, por exemplo, subiu 50% da última semana de maio para a primeira de junho. Sem falar na cobrança abusiva de juros aos clientes e na restrição para liberar crédito para quem precisa.



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