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10 de Julho de 2019 às 08:50

Por reforma, governo compra deputados

O governo está desesperado pela aprovação da reforma da Previdência e já mostrou que fará de tudo para o texto passar. Às vésperas do início da discussão no plenário da Câmara Federal, a equipe econômica de Bolsonaro liberou quase R$ 1 bilhão em emendas parlamentares.

O ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil) fechou acordo para viabilizar a votação da Reforma da Previdência na Câmara até a primeira quinzena de julho. O trato foi firmado na residência oficial do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e mobilizou líderes e dirigentes dos principais partidos de centro e centro-direita.

O governo se comprometeu a empenhar e liquidar cerca de R$ 20 milhões, ainda este ano, em investimentos indicados por deputados que apoiarem a proposta.

Desde a proposta de reforma de Michel Temer que os cofres públicos sangram com uma escandalosa compra de votos de deputados. O levantamento feito pelo Painel analisou apenas as despesas registradas sob a inscrição de “emenda parlamentar”, publicadas no Diário Oficial da União. Ou seja, muito mais pode ter sido direcionado para parlamentares. 

Pela proposta, a maioria dos trabalhadores do Brasil precisará trabalhar até 62 anos, caso mulher, e até 65 anos, caso homem. Atualmente, no INSS, vigora um regime misto em que é possível se aposentar por idade ou por tempo de contribuição (ao menos 15 anos).

Votação em plenário

As votações em plenário já está na pauta da Câmara e após a conclusão da etapa de discussões na madrugada, deputados tentarão a partir desta quarta-feira (10) votar em primeiro turno a proposta de emenda à Constituição da reforma da Previdência, que muda as regras para aposentadoria.

A intenção é tentar votar o texto-base da reforma e partir para a votação à tarde dos destaques (trechos específicos do texto destacados para votação em separado).

Inicialmente, havia a expectativa de que o texto-base fosse votado na terça-feira (9), mas os debates começaram somente por volta das 21h da terça, devido a um movimento de partidos que pressionavam por mudanças no projeto e exigiram negociações durante todo o dia.

Entre as alterações defendidas por esses partidos estavam a inclusão de estados e municípios na reforma da Previdência e a alteração das regras para aposentadorias de mulheres e professores. Além disso, parte dos deputados pressionava o Palácio do Planalto pela liberação de emendas parlamentares.

No início da madrugada, os deputados aprovaram um requerimento para encerramento da discussão. Isso permite que seja realizado o processo de votação do texto-base.

 



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