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27 de Fevereiro de 2019 às 13:57

Pago pelo Itaú, publicitário Nizan usa folha para defender fim das aposentadorias

O publicitário do Itaú-Unibanco Nizan Guanaes, disse que espera a reforma da Previdência para fazer campanhas e vender planos privados.

Ele usou seu espaço na Folha de S.Paulo para fazer lobby e vender mitologias sem qualquer comprovação, como a de que o Brasil receberá US$ 100 bilhões em investimentos se os idosos de hoje e amanhã forem jogados na rua da amargura por meio da aprovação da reforma da Previdência.

"Um cara entrou no elevador outro dia e me disse: “Bom dia”. Eu respondi: “Se aprovarmos a Previdência, será um bom dia”. Peguei um táxi no aeroporto, e o motorista me perguntou: “Para onde vamos?”. Eu respondi: “Se não aprovarmos a Previdência, vamos para o brejo”, escreveu Nizan em sua coluna, num estilo destinado a agradar os banqueiros mas que soa como afronta à sociedade.

Segundo ele, a partir de agora, com a proposta já encaminhada ao Congresso, "qualquer pessoa de direita, centro e esquerda, mas com juízo, deve lutar para aprovar a reforma da Previdência" -ele esconde propositadamente o caráter perverso da reforma, que favorecerá apenas seus clientes. 

Pelo texto do projeto, além do aumento da idade mínima para a aposentadorias, o trabalhador terá que contribuir por até 20 anos para ter acesso ao piso de 60% da média salarial quando se aposentar, além de estarem previstos cortes na assistência social, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos pobres, que passará de um salário mínimo para apenas R$ 400.

Para Nizan, que é casado com Donata Meirelles, ex-diretora da Vogue Brasil, que recentemente ganhou as páginas dos noticiários ao promover uma festa na qual mulheres negras fantasiadas de mucama faziam a recepção dos convidados, "a reforma é decisiva para a economia decolar".

Sem apresentar nenhum dado que embase a afirmação, ele afirma que "já se calcula que US$ 100 bilhões estão para serem investidos no Brasil, mas esperam a aprovação das mudanças". A estimativa foi feita por instituições financeiras que possuem interesse na reforma e, principalmente, no sistema de capitalização que deverá ser imposto aos trabalhadores.

Nizan defende, ainda, que a classe empresarial e os veículos de comunicação da grande mídia tradicional se unam em prol da defesa da aprovação do projeto. "Não cabe a nós, formadores de opinião, líderes empresariais, influenciadores, ficarmos em cima do muro", destaca.
"Não é questão de apoiar ou não este governo. Só maluco torce para que o avião em que se está viajando caia. E o Brasil sem a reforma não vai voar", afirma.

 

Fonte: Brasil 247

 



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