Nova lei trabalhista já tem efeito na vida do trabalhador
Com a entrada da nova Lei Trabalhista a as relações entre empregado e patrão sofreram diversas mudanças e nas esferas da Justiça do Trabalho as três máximas da lei judiciária, a sentença normativa e a negociação coletiva, sofreram alterações. Na prática, o que acontece é que acaba toda proteção que o direito do trabalho dava ao trabalhador criando um cenário propício para a redução de direitos e de salários. O resultado já é sentindo.
No sábado (11/11), a justiça do trabalhado da Bahia já se manifestou diante da nova legislação e um empregado não só perdeu o processo contra a empresa que trabalhava como terá de arcar com as custas da ação. A tese de "responsabilidade civil do empregador decorrente de atos de violência praticados por terceiros" foi rejeitada pelo juiz José Cairo Júnior, da 3ª Vara de Ilhéus. Agora, o trabalhador terá de desembolsar R$ 8,5 mil.
Os prejuízos da nova legislação não param por aí. Também permite a ampliação da terceirização, possibilita jornada de até 12 horas diárias, permite que grávidas trabalhem em local insalubre, institucionaliza a prevalência do negociado sobre o legislado e libera a contratação de "serviços" no lugar de empregados.
As mudanças não deixam dúvidas. A lei veio para atender apenas aos interesses das grandes empresas.
Não é à toa que a bancada empresarial ajudou a ampliar o texto-base da reforma trabalhista, na Câmara Federal.
Vale lembrar ainda que para que isso acontecesse os deputados federais Carlos Marun (PMDB), Geraldo Resende e Elizeu Dionizio, ambos do PSDB, e Tereza Cristina (PSB) votaram pela reforma trabalhista, terceirização e ainda salvaram o mandato do governo ilegítimo de Michel Temer, 2018 vem ai, e sempre é bom a gente lembrar desses nomes.