Nota do Santander desrespeita democracia
A nota assinada pelo vice-presidente de Comunicação do Santander, Marcos Madureira, condenando a livre manifestação dos funcionários contra as medidas arbitrárias do banco revela que o poder econômico não está preocupado com o bem-estar social. Pelo contrário. Tudo está sob o jugo do capital e do lucro.
Em qualquer democracia do mundo, a livre manifestação do cidadão é respeitada. Mas, para o Santander, a mobilização contra os abusos de poder é demais. Ao contrário do que diz a nota, o que causa repúdio são as medidas abusivas do banco.
O Santander, um dos principais defensores da reforma trabalhista, demitiu de uma só vez cerca de 200 funcionários, muitos, doentes. Ainda alterou o banco de horas, a data de pagamento dos salários e do 13º, desprezando por completo o acordo coletivo em vigência.
Para completar, reajustou em 20% o valor do plano de saúde, justamente em um momento de crise econômica, em que o brasileiro vê a renda achatar diante das medidas de austeridade do governo Temer que, diga-se de passagem, tem o apoio dos bancos.
O Movimento Sindical Bancário ressalta que o Brasil é o responsável pelo maior lucro do Santander no mundo, graças ao empenho de cada um dos cerca de 50 mil funcionários. Portanto, não adianta fazer propaganda enganosa dizendo que é "o melhor para se trabalhar". A empresa tem a obrigação de oferecer um ambiente de trabalho saudável, com políticas de relacionamento de respeito ao indivíduo.
Fonte: Seeb/Bahia