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9 de Março de 2018 às 10:06

Mulheres denunciam água e alimentos contaminados em Dourados

O Dia Internacional da Mulher, realizado nesta quinta-feira(8) em Dourados começou bem cedinho, quando centenas de mulheres fizeram um ato em frente a Fertilizantes Heringer que saíram em marcha a partir da concentração no trevo da Bandeira, e fizeram um protesto na frente da empresa.

A unidade que fornece produtos para as lavouras da região está sendo negligente e conforme estudo realizado pelo Instituto Nacional do Câncer, o uso de agrotóxicos nas lavouras brasileiras está causando graves doenças aos consumidores. Os alertas sobre as consequências da utilização abusiva de venenos não são de agora, mas diante das conseqüências, parecerem ser inócuos, já que o problema continua. Para diminuir a escalada da contaminação nos alimentos que chegam às mesas da população, já foi realizado uma audiência publica na Câmara dos Deputados que discutiu o cenário atual e o que pode ser feito de agora em diante para combater os efeitos nocivos dos agrotóxicos sobre a saúde humana e o meio ambiente.

Durante a tarde, após concentração na Praça Antonio João, houve uma caminha até a Justiça Federal, onde foi cobrado mais rigor na fiscalização do uso de agrotóxicos nas lavouras e também foi feito uma manifestação em frente a Sanesul, empresa que fornece água para a população e que tem sido questionada sobre a qualidade da água que os douradenses bebem.

O tempo todo as manifestantes bradaram pela democracia, contra os retrocessos. “Não queremos mais racismo, assassinatos, mas uma sociedade que tenha trabalho, terra, água, direitos. E sem democracia não temos como conquistar isso, a democracia é nosso eixo. Também lembramos que eleição sem Lula é fraude”, disse uma militante da Marcha Mundial das Mulheres.

Mulheres, crianças e idosas de todas as idades mobilizaram-se para lutar por mais direitos, uma sociedade justa, igualitária, e pelo fim da desigualdade de gênero e da violência.

Cartazes, faixas, bandeiras ornamentavam a caminhada e um batuque com grito de guerra a todo tempo foi feito durante o percurso.

 O Sindicato dos Bancários de Dourados  esteve presente no ato e apóia em todos os âmbitos a resistência e a luta das mulheres. Dentro da categoria bancária, a disparidade é notória. A estimativa é de que 87% das mulheres recebam salários inferiores ao dos homens, exercendo funções iguais, mesmo com qualificação acadêmica. Sem falar dos cargos de gerentes, que são compostos por 8,80% por homens enquanto as mulheres ficam com 4,65% dos cargos. 

A diretora do Sindicato dos Bancários de Dourados e Região-MS, Ivanilde dos Santos Fidelis, lembrou e disse que o ato e as atividades durante toda a semana é uma construção contra a agenda neoliberal que impõe perdas. "As mulheres na rua, mostram sua força e a coragem. Com isso, podemos discutir com a sociedade a questão dos nossos espaços e colocar a pauta dos direitos das mulheres como prioridade, já que é um ano em que precisamos escolher bem nossos representantes políticos e a mulher precisa estar presente nas discussões

 

 



Sindicato dos Bancários de Dourados e Região - MS

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