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20 de Novembro de 2017 às 13:01

Luta contra o racismo e a intolerância

O Dia Nacional da Consciência Negra é uma data de luta e mobilização do povo que sofreu e ainda sofre com o racismo e a desigualdade social no país.

A celebração, em 20 de novembro, ressalta a resistência e a morte de Zumbi dos Palmares contra a escravidão no Brasil. O Dia Nacional da Consciência Negra é feriado em mais de mil municípios, inclusive no Mato Grosso do Sul.

Em Salvador na Bahia, vários atos serão realizados em homenagem a data, como a tradicional lavagem da estátua de Zumbi, marcha, show e outras atividades.

Mesmo após a abolição da escravidão, em 13 de maio de 1888, o negro nos dias atuais ainda luta por igualdade. Em todos os âmbitos, a população negra sofre com o preconceito e a discriminação. Ser negro hoje no Brasil é algo extremamente complicado.

Assim como Zumbi, que morreu na busca por direitos, a população negra sofre com o genocídio em um país que tem a sétima maior taxa de homicídios de jovens de todo o mundo, segundo a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância). A cada 23 minutos, um jovem negro é morto. Por dia, são 66 óbitos. Por ano, o número chega a 4.290 e o racismo está presente nos homicídios, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas).

Negros desempregados chegam a 8,3 milhões

Dos 13 milhões de desempregados no Brasil no primeiro trimestre, 8,3 milhões são pretos ou pardos, o que corresponde a 63,7% das pessoas sem emprego. Prova de que mesmo representando 54,9% da população acima de 14 anos, a discrimina- ção racial ainda persiste no país. O desemprego entre a população negra chega a 14,6%, enquanto entre os brancos a taxa é de 9,9%. O índice de ocupação desta parcela da sociedade é de 52,3%, menor do que entre a população branca (56,5%). A desigualdade fica ainda mais evidente em relação ao rendimento. O salário médio dos negros no primeiro trimestre deste ano foi de R$ 1.521,00. O valor equivale a 56% do salá- rio dos brancos (R$ 2.757,00). A pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) constata ainda que os trabalhadores pretos ou pardos correspondem a 66% da força de trabalho doméstico do Brasil. A proporção de pretos e pardos com carteira assinada é inferior a dos brancos, 71,3% contra 75,3%



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