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30 de Abril de 2018 às 13:17

Juros e tarifas fazem cliente migrar contas para Cooperativas de Crédito

Além de comandar a política econômica, os bancos nos últimos anos, após o golpe político em 2016, também tem editado as regras e normas do governo federal. Isso ficou claro e evidente com a aprovação da terceirização e da reforma trabalhista, feita do jeito que o sistema financeiro nacional queria, sem alterar o mudar virgula alguma.

Não bastasse isso, os bancos exploram os clientes de todas as formas. Os juros do cheque especial bateram na casa dos 324,7% em março, crescimento de 0,6% ante fevereiro. No ano, a alta é de 1,7%. Esses dados forma divulgados pelo Banco Central.

Só para se ter uma noção disso, os bancos brasileiros têm o maior spread do mundo, diferença entre o que o banco paga ao captar dinheiro e os juros cobrados ao consumidor ao empresta. Ranqueado com outros países, o Brasil aparece em primeiro na lista, com 38,4 pontos percentuais, de acordo com o Banco Mundial.

O segundo da lista, o Quirguistão, tem menos da metade do spread brasileiro, 17 pontos percentuais. Em último, aparece o Líbano com 1,18 pp. Os dados são do Banco Mundial.

A taxa abusiva está diretamente ligada à concentração bancária no Brasil, que não gera concorrência para que os clientes tenham alternativas, submetendo-os a altos juros. Apenas cinco organizações financeiras são responsáveis por 88% das operações de crédito no país.

Também por isso, o governo Temer desmonta os bancos públicos, que deveriam atuar como reguladores do mercado, definindo índices e criando concorrência de mercado. A Selic em 6,72% também é ignorada pelas organizações financeiras. Mesmo a taxa reduzida ao menor nível da história, os juros cobrado pelas empresas seguem altíssimos e o Banco Central faz vistas grossas.

Outro item que chama a atenção é que, como o uso do cheque está menor os bancos resolveram seus problemas de outra forma, a taxa do rotativo do cartão de crédito também subiu e chegou em 243,5% ao ano. O aumento foi mais expressivo no segmento, 9,6 pontos percentuais na comparação com fevereiro. Os juros são pagos por quem paga o valor mínimo da fatura do cartão.

No Mato Grosso do Sul, as Cooperativas de Crédito que oferecem taxas e juros menores, tem sido a solução para muitas pessoas que acabam fechando a conta nos bancos comerciais e estão migrando para as Cooperativas de Créditos.

A continua essa política de juros, taxas e tarifas de todos os serviços os bancos tendem a perder mais clientes e isso comprometeria ainda mais o crescimento social e principalmente os investimentos no desenvolvimento das cidades.

O ideal mesmo para o consumidor brasileiro seria fugir de tudo que possa onerar ainda mais o bolso e comprometer a renda. O custo de vida já está elevado demais, para ser explorado pelos bancos.

Cabe, portanto, ao cidadão colocar as contas do mês na ponta do lápis, cortar os excessos e pagar tudo em dia. Sem depender de limite ou do cartão de crédito rotativo.





Sindicato dos Bancários de Dourados e Região - MS

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