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3 de Junho de 2020 às 22:17

Itaú convoca funcionária a provar que está com covid-19 e põe em risco saúde de todos

Uma funcionária do Itaú de Porto Velho, por convocação do banco, teve que se deslocar da sua casa a uma agência para levar os documentos médicos que comprovam que ela estaria contaminada pelo novo coronavírus. O fato aconteceu na manhã desta quarta-feira, 3 de junho, mesmo depois que ela já havia alertado sobre os sintomas e o resultado positivo para covid-19.

As informações que chegaram ao Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO) dão conta de que a bancária ficou na parte interna da agência, onde aguardou por um longo tempo até que fosse atendida pela gerência.

“A trabalhadora teve que sair de casa para provar que estava doente e que já tinha buscado atendimento médico, o que já é uma afronta. E o fato dela permanecer na agência foi um risco à saúde dela, dos demais funcionários e de todos que estavam naquele ambiente”, avaliou José Toscano, diretor administrativo do Sindicato e funcionário do Itaú.

O Sindicato entrou em contato com o Departamento de Relações Sindicais do Itaú para que o banco tomasse as medidas preventivas determinadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como o fechamento da agência, o afastamento e monitoramento de todos os funcionários, e que a unidade só seja reaberta após a desinfecção do prédio e com uma nova equipe de funcionários.

No entanto, o Departamento de Relações Sindicais não deu a devida importância ao assunto e disse apenas que “o caso será avaliado amanhã (quinta-feira)”.

Com isso o Sindicato impetrou ação na Justiça do Trabalho para que o banco seja obrigado a adotar as medidas preventivas e de proteção necessárias.

CUIDADOS REDOBRADOS

“Pedimos que os trabalhadores bancários e do ramo financeiro redobrem os cuidados, que aumentem a atenção para as medidas de prevenção, como o uso de máscaras, lavar as mãos com água e sabão, usar álcool em gel, respeitar o isolamento social e sair de casa apenas para fazer tarefas essenciais à sobrevivência, ao seu sustento e da sua família, pois a Secretaria Estadual de Saúde já confirmou que não há mais leitos disponíveis nas UTI’s de Porto Velho, e esse caos só tende a se espalhar em hospitais de todo o Estado, tanto da rede pública quanto da rede privada”, enfatiza José Pinheiro, presidente do Sindicato.

Fonte: Seeb-RO



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