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1 de Janeiro de 2001 às 22:59

Greve ganha força em Dourados

Em assembléia realizada na sexta-feira os bancários de Dourados decidiram manter a greve. Em todo país 190 mil bancários de 24 Estados e mais o Distrito Federal pararam hoje no primeiro dia da greve nacional por tempo indeterminado da categoria. O número de trabalhadores que aderiram ao movimento equivale a quase 50% do total de bancários no Brasil. A greve não tem data para acabar. Até o final desta quinta-feira, os banqueiros ainda não haviam agendado nova negociação. “A greve foi muito forte neste primeiro dia e os bancários estão de parabéns. O movimento aconteceu no Brasil inteiro e isso é fundamental para que os banqueiros se sintam pressionados e atendam nossas reivindicações. Enquanto isso não acontecer continuaremos em greve”, afirma Vagner Freitas, presidente da Contraf-CUT. O dirigente destaca, entretanto, que a truculência da Polícia Militar e a intransigência dos banqueiros continuam sendo os pontos negativos da greve. “É incrível que, em pleno século 21, os grevistas continuem sendo agredidos pela polícia. Outra coisa inacreditável são os interditos que os banqueiros conseguem na Justiça para impedir a mobilização dos bancários. Infelizmente, os bancos continuam usando o seu poder econômico para cercear um direito legítimo e democrático dos trabalhadores”, lamenta Vagner. Em São Paulo, cerca de 40% dos bancários pararam. Segundo o último balanço feito pelo Sindicato, às 16h30, mais de 39 mil bancários permaneceram parados em 517 locais de trabalho entre agências e centros administrativos. Apesar das manifestações pacíficas, a PM voltou a protagonizar cenas de violência. Em frente a uma agência do ABN Real e em duas do Unibanco, a Polícia Militar ameaçou os manifestantes a mão armada. O Sindicato entrou em contato com o Comando da PM e solicitou que os policiais se limitem a garantir a segurança dos cidadãos. Os caixas eletrônicos funcionaram normalmente e os aposentados foram atendidos. À tarde, os bancários fizeram uma grande passeata pelas ruas do centro de São Paulo, A adesão à greve em Brasília foi muito forte nesta quinta-feira. Mais de 90% das agências do BB e da Caixa permaneceram fechadas. O uso do interdito proibitório por parte dos bancos privados determinou a abertura de algumas agências. Ainda assim a paralisação foi grande nos bancos privados. A pressão nos bancos públicos para abertura de agências também aumentou, principalmente no BRB – Banco de Brasília. Os bancários do Rio de Janeiro mantiveram firme a mobilização no oitavo dia de greve na cidade. Houve aumento na adesão ao movimento e a categoria comemorou a decisão da Justiça, que garantiu o direito de greve no Itaú, ABN Real, Sudameris e Citibank, atendendo a liminares do Departamento Jurídico do Sindicato. Em Belo Horizonte, quase cem unidades de trabalho – entre agências e setores – estão em greve. Ao meio-dia de hoje, mais de 400 bancários realizaram uma passeata pelo centro da Capital mineira. Novamente os bancários deliberaram pela continuidade da greve por tempo indeterminado. Fonte: Contraf-CUT, com sindicatos



Sindicato dos Bancários de Dourados e Região - MS

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