Governo quer reforma da previdência ainda para este ano
Depois de aprovar as leis da terceirização, trabalhista e concentrar esforços para se livrar das denúncias da PGR (Procuradoria Geral da República), Temer agora se empenha para aprovar a reforma da Previdência.
A equipe econômica não nega. “O próximo ano é eleitoral. É difícil a aprovação de medidas desse porte no próximo ano. É muito importante que seja feita neste governo”, disse o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Segundo o ministro, a reforma é importante para manter as condições de crescimento econômico.
Mas, a verdade é que o único beneficiário com a medida é o grande capital. O objetivo é acabar com a Previdência Social pública, uma das maiores conquistas sociais da Constituição federal de 1988, para dar lugar à iniciativa privada.
Ao invés de penalizar o trabalhador e inviabilizar a aposentadoria, o governo deveria cobrar a dívida dos sonegadores. De acordo com a CPI da Previdência, as empresas privadas devem R$ 450 bilhões. Segundo a Procuradoria da Fazenda Nacional, R$ 175 bilhões correspondem a débitos recuperáveis.
Pela reforma, a idade mínima para aposentadoria é de 65 anos (homens) e 62 anos (mulheres). O tempo mínimo de contribuição é de 25 anos. Se quiser requerer o benefício integral, o trabalhador terá de contribuir por 40 anos.