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1 de Janeiro de 2001 às 22:59

Governo quer figura bancário "ouvidor" nas agências

As metas abusivas impostas pelos bancos a seus trabalhadores pode gerar um novo tipo de bancário dentro das agências. Segundo matéria publicada pelo jornal Valor Econômico do dia 18 de fevereiro, o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) quer a obrigatoriedade de pelo menos um bancário dentro das agências com a exclusiva função de auxiliar o consumidor com problemas. De acordo com o diretor do órgão, Ricardo Morishita, atualmente os caixas e os gerentes nas agências têm de se preocupar em vender os produtos financeiros para bater as metas e não conseguem atender os clientes com reclamação de uma tarifa cobrada erroneamente ou de um cálculo enganado. "Nas agências bancárias não existe um locus para o consumidor", diz Morishita. Para ele, o problema com os únicos canais para o atendimento ao consumidor, a ouvidoria e o SAC, é justamente estarem fora das agências. "Há tempos denunciamos que os bancários estão sobrecarregados pela falta de funcionários e pressionados pelas metas, não conseguindo atender os clientes como gostariam", diz o presidente do Sindicato de SP, Luiz Cláudio Marcolino. "Não concordamos com as metas abusivas não só pela sua crueldade com os bancários mas também porque defendemos um atendimento completo aos clientes", completa. Emprego Caso a idéia de Morishita siga adiante, serão pelo menos 26 mil postos de trabalho a mais, já que o Brasil tem aproximadamente 18,5 mil agências e outros 6,6 mil postos bancários. "O que não poderia acontecer é o deslocamento de funcionários já contratados, pois aí a situação ficaria ainda pior para aqueles que mantiveram suas funções. Afinal, seria um trabalhador a menos no atendimento", conclui Marcolino. Fonte: André Rossi - Seeb SP



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