Governo anuncia o fim do auxílio de R$ 600,00 em momento dramático da pandemia
Embora mais de 41 milhões de pessoas necessitadas tenham ficado de fora, Bolsonaro anunciou o fim do auxílio emergencial de R$ 600,00, em um momento dramático da pandemia. O Brasil registra mais de 1 milhão de doentes e quase 53 mil mortes. O presidente Jair Bolsonaro afirmou nessa segunda-feira (22) que o governo vai negociar com a Câmara e com o Senado um novo valor para a quarta e a quinta parcelas.
O socorro aos trabalhadores rurais tem sido negado e a ajuda às pequenas e médias empresas, que geram a imensa maioria dos empregos no país, não passa de promessa vazia. O contingente de desempregados é de cerca de 13 milhões de trabalhadores.
A rede de assistência social do Estado tem sido aniquilada. Dados da própria Previdência revelam que, no primeiro trimestre deste ano, o INSS negou mais pedidos de benefícios - foram 1,2 milhão - do que concedeu: 1,08 milhão. Um absurdo nunca ocorrido. Os cortes drásticos nos programas sociais, principalmente o Bolsa Família, empurram dezenas de milhões de brasileiros para a miséria. O governo diz que não tem dinheiro, mas liberou R$1,2 trilhão para os bancos.
Medidas provisórias cortam direitos
Medidas provisórias editadas pelo presidente reduzem salários, cortam direitos, impulsionam demissões e mesmo assim não evitam milhares de falências. No caso dos bancários, o plano governista era ampliar a jornada de trabalho para 8 horas diárias. Foi a maior labuta para derrubar.
Chega a ser aberrante o desprezo de Bolsonaro e de todo o governo com tudo que tenha a mínima relação com os interesses populares ou possa favorecer os trabalhadores, o povo, particularmente as camadas mais pobres. Não se nota a menor disposição em aliviar a dor dos que sofrem, dos mais vulneráveis e que mais necessitam da ajuda do Estado.