Após nove anos de trabalho no Bradesco, Sônia Ruiz Augusto, de 27 anos, era gerente de Pessoa Jurídica da agência Parque Novo Mundo do Bradesco, em São Paulo. No dia 24 de maio, como fazia todas as manhãs, Sonia saiu de casa por volta das 7h30 em direção ao seu local de trabalho. Mas, no caminho, foi abordada por assaltantes. O que aconteceu entre o momento em que entrou em poder dos marginais e o seu assassinato, por volta das 11h, ainda não foi esclarecido. O Sindicato dos Bancários de São Paulo teve acesso ao inquérito policial do caso. Nele, consta o depoimento de uma gerente da mesma agência. Ela confirma que Sonia portava as chaves do cofre na manhã da tragédia. O noivo da vítima, Richard William Faria, também confirma o fato, dizendo que foi procurado pelo banco devido ao atraso da bancária. O banco teria perguntado a ele sobre o fato de Sônia estar com as chaves, segundo informou o advogado da família, Alexandre Barone. Bradesco nega O Bradesco nega o fato. Procurado pelo Sindicato, o banco afirma que a funcionária não portava a chave do cofre. O Bradesco afirma ainda que, entre o momento do seqüestro e o do assassinato, não houve contato dos assaltantes nem da bancária. O irmão da vítima, Cláudio Ruiz Augusto, cita fatos que levam-no a crer não ter se tratado de crime comum. “Não roubaram nada, apesar do fato de minha irmã ter ficado em poder dos marginais por mais de três horas. Também não foram efetuados saques em sua conta. Seu celular, o CD do carro, o próprio carro e até um cheque preenchido no valor de R$ 300 foram deixados para trás. Também não havia sinais de luta ou de violência no corpo de Sônia”, desabafa. “Esperamos que a polícia seja rápida na investigação e na conclusão do inquérito para que os fatos sejam esclarecidos”, afirma a secretária-geral do Sindicato, Juvandia Moreira. Ela também criticou fato de bancários serem responsáveis pelo porte das chaves de cofres. “Por isso uma das reivindicações do Sindicato é a proibição desta prática”, afirmou.