Estudantes de baixa renda serão os maiores prejudicados com o corte de verba, promovido pelo governo Bolsonaro, nas universidades e institutos federais. Com a diminuição de 17% de custeio para 2021, a atitude do governo irá gerar evasão em massa dos alunos que não conseguem se manter nas instituições sem o apoio de incentivos necessários que garantem as permanências.

Segundo a Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior), a redução consta no Orçamento para o ano que vem, e elimina quase R$ 1 bilhão que seria destinado às instituições federais.

A verba destinada às universidades cobrem as diversas assistências estudantis, como bolsas de estudo e moradia para alunos de baixa renda, subsídio na alimentação, entre outros apoios que garantem a continuidade de milhares de estudantes no ensino superior. Com o corte orçamental, as políticas de incentivo ao ensino serão descontinuadas, implicando na evasão.

Ainda de acordo com a Andifes, 25% do 1,2 milhão de estudantes das federais têm renda familiar per capita de até meio salário mínimo. Já outros 50% vêm de famílias com renda per capita de até 1,5 salário mínimo. Ou seja, 75% dos estudantes são de renda baixa, sem a mínima condição de permanecer nas universidades sem auxílio do governo, que os desamparam mais uma vez.