Notícias

3 de Setembro de 2020 às 10:07

Convenção Coletiva de Trabalho dos Bancários será assinada nesta sexta-feira

A CCT (Convenção Coletiva de Trabalho dos Bancários) já tem data para ser assinada. Será nesta sexta-feira (04/09), em São Paulo. A assinatura será transmitida pelo Zoom, em decorrência da pandemia causada pelo novo coronavírus.

Além da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), BB, BNB e Caixa formalizam os acordos específicos. Depois, os bancos têm até 10 dias para pagar a primeira parcela da PLR (Participação nos Lucros e Resultados).

Novamente, a estratégia do Comando Nacional dos Bancários, de antecipar as negociações foi bem sucedida. Com data-base em 1º de setembro, a categoria corria o risco de ficar sem os direitos garantidos pela CCT, se uma a proposta não fosse aprovada.

Importante destacar que a campanha salarial deste ano foi dura. A mais difícil dos últimos anos. O cenário é muito ruim para o trabalhador que precisa lidar com a crise econômica, a pandemia e um governo que quer destruir todos os direitos.

Desde a primeira negociação, os bancos sinalizaram que a intenção era cortar conquistas históricas da categoria, como a 13ª cesta alimentação. Mas, com a forte mobilização da categoria, voltaram atrás.

Clique aqui e veja também: Cláusula na CCT 2020/2022 assegura jornada de 6 horas do trabalho bancário

Resumo das negociações com a Fenaban

Todos os direitos das Convenções Coletivas de Trabalho foram mantidos.

Reajuste

Proposta inicial: Fenaban propôs reajuste ZERO.

Proposta final para 2020: Reajuste de 1,5% para salários + abono de R$ 2 mil para todos. Garante em 12 meses valores acima do que seria obtido apenas com a aplicação do INPC para salários até R$ 11.202,80, o que representa 79,1% do total de bancários (isso já considerando o pagamento de 13°, férias e FGTS). INPC sobre VR, VA, auxilio creche/babá, valores fixos e tetos da PLR.

Proposta final para 2021: Reposição da inflação + 0,5% de aumento real para salários e demais verbas, como VA, VR, auxílio-creche, valores fixos e tetos da PLR.

PLR

Como começou: Fenaban queria redução da PLR em até 48%

Proposta final: Mantida a regra atual da PLR como está e corrigidos os valores fixos pela inflação (INPC 2020).

Exemplo: na primeira proposta um caixa ganharia de PLR, em média, R$ 9.950,62. Após a negociação ganhará, em média, R$ 10.888,19

Auxílios

Auxílio-refeição: de R$ 807,40 para R$ 829,52(INPC). Proposta inicial: zero reajuste.

Auxílio-alimentação: de R$ 636,17 para R$ 653,52(INPC). Proposta inicial: zero reajuste

Cesta de Natal: de R$ 636,17 para R$ 653,52(INPC). Proposta inicial: extinção

Auxílio creche/babá: de R$ 488,61 para R$ 502,00(INPC) Proposta inicial: zero reajuste

Gratificação de função

A gratificação de função seria rebaixada de 55% para 50%. Conseguimos derrubar e manter a redação de 2018.

Home office

Todas os direitos previstos na CCT por dois anos também valem para esses trabalhadores que estiverem em teletrabalho.

Compromisso de que quem está em teletrabalho hoje permanecerá enquanto a pandemia perdurar.

Não conseguimos evoluir para uma cláusula especifica na Convenção sobre os demais pontos que reivindicamos, mas conseguimos compromisso de alguns bancos de negociar o home office com garantia de respeito à jornada; móveis adequados; fornecimento de equipamentos; ajuda de custo etc. Em breve anunciaremos.

Quando vem a PLR e o abono?

O pagamento de ambos deverá ser feito até em 30/09/2020.

Veja como ficaram os principais pontos da CCT

Reajuste de 1,5% e abono de R$ 2.000,00 em 2020.

Reposição integral da inflação (INPC/IBGE), mais 0,5% de aumento real em 2021 para os salários e todas as verbas.

PLR 2020 – PLR regra básica – 90% do salário mais R$ 2.524,62 limitado a R$ 13.543,37. Se o total ficar abaixo de 5% do lucro líquido, salta para 2,2 salários, com teto de R$ 29.795,39.

PLR parcela adicional – 2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 5.049,25.

Antecipação da PLR – Primeira parcela depositada até dez dias após assinatura da Convenção Coletiva. Regra básica – 54% do salário reajustado em setembro de 2020, mais fixo de R$ 1.514,78, limitado a R$ 8.126,01 e ao teto de 12,8% do lucro líquido – o que ocorrer primeiro. Parcela adicional equivalente a 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre de 2020, limitado a R$ 2.524,62.

PLR 2021 – Para PLR e antecipação da PLR- mesmas regras, com reajustes dos valores fixos e limites pelo INPC/IBGE de setembro/2020 a agosto/2021, acrescido de aumento real de 0,5%, com data de pagamento de pagamento final até 01/03/2022.

Pisos 2020

Piso portaria após 90 dias – R$ 1.699,49.

Piso escritório após 90 dias – R$ 2.437,79.

Piso caixa/tesouraria após 90 dias – R$ 3.293,13 (salário acrescido de gratificação, mais outras verbas de caixa).

Vales e Auxílios 2020

Auxílio-refeição – R$ 37,71.

Auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta – R$ 653,60

Auxílio-creche/babá (filhos até 71 meses) – R$ 502,00

Gratificação de compensador de cheques – R$ 189,22.

Requalificação profissional – R$ 1.685,39

Auxílio-funeral – R$ 1.130,87.

Indenização por morte ou incapacidade decorrente de assalto – R$ 166.599,06

Ajuda deslocamento noturno – R$ 116,62.

2021 – Os valores vigentes em 31/08/2021 serão reajustados pelo INPC/IBGE de setembro/2020 a agosto/2021, acrescido de aumento real de 0,5%.

Obs.: Nos itens corrigidos pelo INPC, considerou-se a mais recente estimativa do Banco Central do Brasil para a data-base, de 2,74%.

Conecte-se ao Sindicato e fique bem informado

Acesse o site: www.bancariosms.com.br e siga o sindicato também nas redes sociais: 

WhatsApp 67 99972-1436

instagram.com/bancariosms

facebook.com/bancariosms

twitter.com/bancarios_ms

linkedin.com/company/bancariosms

Fonte: Sindicato dos Bancários de Dourados e Região-MS

 



Sindicato dos Bancários de Dourados e Região - MS

Rua Olinda Pires de Almeida, 2450 Telefone 0xx67 - 3422 4884