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25 de Outubro de 2019 às 11:22

Brasil tem de olhar o que acontece no Chile

"O maior problema no Chile é a péssima distribuição de renda", afirma o professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP Paulo Feldmann.

“São poucos os lugares do mundo em que o 1% mais rico da população ganha mais de 25% da renda total do país. Na América Latina, em apenas dois países isso acontece: no Chile e no Brasil”.

 Para Feldmann, o Brasil precisa ficar atento ao que está acontecedo no Chile.

“O Chile foi o primeiro país da América Latina a entrar de cabeça na política neoliberal, quando o governo acredita que o mercado resolve tudo. E a verdade é que muitas vezes o governo precisa organizar a economia”. Paulo Feldmann

Previdência privada e suicídio de idosos no Chile

Para o economista e professor da PUC-SP, Carlos Eduardo Carvalho, um dos principais sintomas dessa desigualdade no Chile é o sistema de aposentadoria.

"A questão da previdência é gravíssima", declarou. O sistema de previdência, que era público, mudou nos anos 1980. Cada trabalhador teve que assumir a própria poupança para o futuro. Sem nenhum centavo do governo nem das empresas, as pessoas tiveram que passar a reservar de 10% a 15% da renda para a aposentadoria, colocando o dinheiro em empresas privadas, para investir no mercado financeiro.

Como a idade mínima para aposentadoria é de 60 anos para mulheres e 65 para homens, só agora as pessoas perceberam que essa reserva não é suficiente para pagar as contas. E elas não têm a quem recorrer.

Um quadro que tem levado desespero a muitos idosos. Segundo dados do próprio governo chileno, o número de suicídios entre os maiores de 80 anos chegou a 17,7 para cada 100 mil habitantes, o percentual mais alto na América Latina.

Fonte: https://economia.uol.com.br/noticias



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