Bradesco tem lucro de R$ 6,88 bi no semestre, mesmo elevando a PDD
Enquanto milhares de empresas fecham as portas em decorrência da crise causada pelo novo coronavírus e do descaso do governo Bolsonaro com o socorro financeiro, os bancos começam a divulgar o balanço semestral na cada do bilhão. Depois do Santander, é chegada a hora do Bradesco anunciar lucro líquido alto, de R$ 6,88 bilhões entre janeiro e junho deste ano.
O resultado do segundo trimestre foi de R$ 3,506 bilhões, queda de 42% na comparação com o mesmo período de 2019, quando o banco lucrou R$ 6,042 bilhões. Embora tenha reduzido, o valor ainda é extremante elevado, sobretudo se analisado o cenário econômico.
Assim como o Santander, Bradesco eleva a PDD e esconde o lucro real
O lucro menor ocorre principalmente pelo novo reforço de R$ 3,8 bilhões nas provisões para perdas com a expectativa pela alta da inadimplência por conta da crise causada pela pandemia do novo coronavírus. No primeiro trimestre, o Bradesco já havia constituído R$ 2,7 bilhões em provisões. (PDD - Provisão para Devedor Duvidoso).
Os números não deixam dúvida. Os bancos podem contribuir com a retomada do crescimento. Mas, fazem o contrário. Não liberam o crédito, obrigando milhares de empresas a fecharem as portas, demitem país e mães de família, fecham agências, principalmente no interior, dificultando a vida da população que precisa de serviço bancário.
Tem mais. As organizações financeiras ainda recebem um agrado do governo federal. Não dá para esquecer que Bolsonaro liberou mais de R$ 1 trilhão para o setor bancário no início da pandemia e ninguém sabe para onde foi esse dinheiro, porque não tem chegado à sociedade.