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1 de Janeiro de 2001 às 22:59

Bradesco ignora os problemas dos bancários

Enquanto o Bradesco brada em suas campanhas publicitárias uma auto-proclamada responsabilidade sócio-ambiental, o banco ignora problemas gravíssimos dentro do seu local de trabalho, que traz sérios riscos a vida dos bancários. Esta foi a constatação que os dirigentes sindicais do Bradesco no país inteiro destacaram durante o Seminário Nacional do banco, promovido pela Contraf-CUT na semana passada. Segundo a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados do Bradesco, Neiva Ribeiro dos Santos, os dirigentes ressaltaram durante o evento problemas como a pressão e a cobrança abusiva por metas, a falta de um Plano de Carreira claro e que crie uma perspectiva de ascensão aos bancários dentro da empresa e um Plano de Saúde que atenda as demandas dos trabalhadores. “Essa responsabilidade com os funcionários, infelizmente, o Bradesco não tem. Esses e outros temas foram debatidos durante os três dias de seminário, em Nazaré Paulista, além das transformações no mundo do trabalho que envolvem a organização da empresa em holding, do próprio sistema financeiro segmentado e da fragmentação dos trabalhadores no conglomerado”, disse Neiva. Os bancários também discutiram o processo de terceirização no Bradesco, que Neiva destaca ser “muitas vezes uma clara interposição fraudulenta de mão de obra, que precariza o trabalho e a organização dos trabalhadores”. Para Neiva, todos esses temas que foram abordados constituem-se em desafios para os dirigentes do Bradesco e para todo o movimento sindical bancário. “Precisamos construir uma organização forte que mude a correlação de forças existente e que traga avanço nas conquistas dos bancários do Bradesco”, finalizou.



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