Bancos públicos terão que explicar anúncios em site de fake news
O STF (Supremo Tribunal Federal) quer explicações da Secom (Secretaria de Comunicação) do governo federal e de três bancos públicos sobre investimentos feitos em sites e redes sociais propagadoras de fake news. O BNDES, a Caixa e o Banco do Brasil devem agora prestar informações após relatório do TCU (Tribunal de Contas da União) indicar irregularidade nas propagandas.
Segundo a investigação, o BNDES chegou a pagar por anúncios em canais do YouTube de blogueiros investigados pelo STF. Em junho, o TCU determinou a suspensão de anúncio da Caixa em canais e em sites que propagam notícias falsas, e a decisão foi semelhante a do Banco do Brasil, que em maio foi autuado pela intromissão da Secom no comando da publicidade do banco.
A Polícia Federal já tinha identificado em maio que o vereador Carlos Bolsonaro era um dos articuladores de um esquema criminoso de fake news. No mesmo mês cumpriu ordem de prisão contra políticos e empresários declaradamente bolsonaristas, além de blogueiros conhecidos nas redes sociais.
De acordo TCU, o Banco do Nordeste também tem sido alvo de investigação por participar do mesmo esquema de corrupção. Agora o Tribunal de Contas irá realizar a mesma ação para apurar as irregularidades.