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20 de Agosto de 2018 às 16:01

Bancários voltam a negociar nesta terça-feira(21)

Os bancários voltam a negociar nesta terça-feira 21 com a Fenaban, em São Paulo, a oitava rodada de negociação da Campanha Nacional 2018, faltando dez dias para expirar a validade da atual Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria.

Conforme entendimento feito entre o Comando Nacional dos Bancários e Fenaban na última reunião, na sexta 17, a rodada só terminará quando houver uma proposta global decente dos bancos ou se chegar a um impasse, podendo, portanto, se estender pelos dias seguintes.

A proposta anterior apresentada pelos bancos no dia 7 de agosto foi rejeitada por todas as assembleias da categoria no dia seguinte, por considerá-la incompleta e insuficiente, uma vez que apenas repunha a inflação sobre todas as verbas salariais e não contemplava aumento real nem proteção ao emprego, manutenção das conquistas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), melhores condições de trabalho, mais segurança e igualdade de oportunidades.

Para o presidente da Federação dos Bancários do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN) e também integrante do Comando Nacional dos Bancários - Cleiton dos Santos, os bancos não podem mais continuar desrespeitando os bancários, principais responsáveis pelos lucros recordes do sistema financeiro. Junto com as negociações, vamos intensificar a mobilização em todo o país para que apresentem uma proposta que contemple nossas reivindicações e possa ser submetida às assembleias.

As empresas podem atender às reivindicações da categoria porque em 2017 somente os cinco maiores bancos que atuam no país tiveram lucro líquido conjunto de R$ 77,4 bilhões, aumento de 33,5% sobre o ano anterior. E no primeiro semestre deste ano lucraram mais de R$ 42 bilhões, contando o lucro recorde de R$ 6,6 bilhões anunciado pela Caixa nesta segunda dia 20/8, acrescenta Cleiton.

O que os bancários querem

˃ Aumento real de 5%.

˃ PLR de três salários mais R$ 8.546,64 fixos para todos.

˃ Pisos salariais:

• R$ 3.747,10 para portaria, contínuos, serventes e escritório.

• R$ 5.058,59 para caixas, operadores de atendimento, empregados de tesouraria, analistas de crédito e os que efetuam pagamentos e recebimentos.

• Primeiro comissionado: R$ 6.370,07 (incluindo gratificação de função).

• Primeiro gerente e técnico de TI: R$8.430,98 (incluindo gratificação de função).

˃ Assinatura de pré-acordo para estender a validade da Convenção Coletiva (que expira em 31 de agosto) até que novo acordo seja firmado, garantindo assim a manutenção de todos os direitos da categoria.

˃ Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.

˃ Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações e ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.

˃ Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 954,00 (salário mínimo nacional).

˃ Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários, garantindo salários iguais para as mesmas funções, preservando a isonomia salarial.

˃ Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.

˃ 14º salário.

˃ Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, como determina a legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.

˃ Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transsexuais e pessoas com deficiência (PCDs).



Sindicato dos Bancários de Dourados e Região - MS

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