Bancários estão mobilizados pela ultratividade, negociação hoje
O fim da ultratividade ameaça todos os direitos conquistados na CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) e nos acordos específicos dos bancários. Uma das principais reivindicações do movimento sindical na campanha salarial 2020 é a garantia dos direitos até que novos acordos sejam feitos.
O Comando Nacional dos Bancários estará à frente das negociações com os bancos, representando 453 mil trabalhadores dos públicos e privados distribuídos por mais de 38 mil locais de trabalho em todo o Brasil.
A mobilização deve ser pela manutenção da ultratividade, pois sem o dispositivo, os funcionários podem perder a PLR (Participação nos Lucros e Resultados), o vale alimentação e refeição, licenças maternidade e paternidade, cláusulas de saúde e segurança, férias, jornada, horas extras. Caso o acordo não seja assinado antes, todos os direitos contidos na CCT precisam estar garantidos após 31 de agosto de 2020.
O fim da ultratividade foi um dos diversos itens prejudicais aos trabalhadores da reforma trabalhista, aprovada no governo Temer e em vigor desde 2017. Para piorar, Bolsonaro vetou o dispositivo da MP 936 que previa a ultratividade das normas coletivas e participação dos sindicatos nos acordos coletivos.
Porém, atender as reivindicações dos bancários não deveria ser problema, já que o setor financeiro não se abala com nenhuma crise. O BB, Bradesco, Caixa, Itaú e Santander) lucraram, juntos, R$ 108 bilhões no ano passado.
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