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26 de Setembro de 2016 às 16:33

Bancários e Fenaban voltam a mesa nesta terça-feira, greve completa 22 dias

Após 21 dias de greve, a Fenaban(Federação Nacional dos Bancos) finalmente se posicionou e atendeu à solicitação feita pelo Comando Nacional dos Bancários e confirmou uma nova rodada de negociações para esta terça-feira (27), às 14h, em São Paulo.

Na sexta-feira, o Comando enviou um oficio à Fenaban para solicitar a volta das negociações da Campanha Nacional 2016. No texto, o Comando reforçou que, como os dirigentes sindicais estariam reunidos em São Paulo, na sede da Contraf-CUT, eles se colocavam à disposição para a retomada dos temas tratados na mesa de negociação.

Nesta segunda-feira, quando os bancários chegam ao 21º dia de greve, 13.420 agências e 33 centros administrativos tiveram as atividades paralisadas os bancos resolveram chamar os bancários para uma nova rodada de negociação.

Essa que é maior greve de todos os tempos em adesão representa 57% das agencias paradas em todo o Brasil

Embora a greve complete nesta terça-feira 22 dias, os bancários esperam que a Fenaban possa ter uma proposta que possa de fato atender as reivindicações da categoria.

Lucro nas alturas

Somados, os cinco maiores bancos brasileiros (Bradesco, Itaú Unibanco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal) apresentaram, no primeiro semestre de 2016, lucro líquido de R$ 29,7 bilhões. Mesmo apresentando lucros expressivos, em plena crise econômica, os cinco bancos fecharam mais de 13.600 postos de trabalho em relação ao mesmo período de 2015 e, juntos, fecharam 422 agências bancárias.

Em média, no período analisado, as receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias aumentaram 8,7%, somando R$ 55,0 bilhões. É o que revelam os dados sobre o desempenho destes bancos, levantamento feito pelo Dieese.

O total de ativos das cinco maiores instituições bancárias do país (Bradesco, Itaú Unibanco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal) totalizou, em 30 de junho de 2016, R$ 5,8 trilhões, com evolução de 9,1%, em média, em relação ao mesmo período de 2015. O patrimônio líquido (PL), capital próprio dessas instituições, cresceu 4,6%, atingindo, aproximadamente, R$ 412,6 bilhões no período.

Muito lucro com menos emprego

O Bradesco foi o banco que fechou mais postos de trabalho. Foram eliminados 4.478 postos, que representam 4,8% do quadro funcional em junho de 2015.

O Itaú Unibanco, que vem diminuindo seu quadro de funcionários desde março de 2011, eliminou 2.815 postos de trabalho no período. Já o Santander, que no ano anterior aumentou o total de trabalhadores, fechou 1.368 postos no 1º semestre, sendo 1.268, apenas entre março e junho de 2016.

A Caixa fechou 2.235 postos, revertendo uma tendência verificada desde 2004. No Banco do Brasil foram eliminados 2.710 postos de trabalho. Nos dois bancos federais a redução de postos de trabalhos decorreu da implementação, em 2015, de planos de aposentadoria incentivada.

 



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