(São Paulo) Os funcionários do Unibanco realizaram ontem, quinta-feira, 22, uma série de protestos e manifestações em todo o Brasil em mais um Dia Nacional de Lutas. O objetivo dos bancários é mostrar o descontentamento com a decisão do Unibanco de descontar da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) os valores pagos com a Remuneração por Resultados (RR). “Somos contrários e os bancários já brigaram contra este modelo que o banco insiste em manter. Conseguimos que o banco não acabasse com o formato mensal e isto foi uma vitória. Mas temos problemas com o modelo semestral, que continua vinculado ao cumprimento de metas, que praticamente são inatingíveis. Este Dia de Luta é para quebrar a intransigência do Banco e forçar uma negociação”, comentou Jair Alves, diretor do Fetec São Paulo e coordenador da COE. “Nossa RR sempre teve problemas, mas agora o banco não está nem cumprindo a sua palavra de manter o programa vigente, caso não houvesse acordo entre as partes. O Unibanco anunciou na semana passada um modelo unilateral e nem sequer explicou com clareza como funciona”, disse Valeska Pincovai, diretora da Fetec São Paulo. Em São Paulo, o Sindicato promoveu uma manifestação em frente ao edifício da diretoria do Unibanco, na avenida Eusébio Matoso, com som e distribuição do jornal Uniforça, com a chamada: Unibanco, tira a mão do nosso bolso. O Sindicato aproveitou a atividade para divulgar a campanha pelo descanso de 10 minutos a cada 50 trabalhados. No interior paulista, o Sindicato de Catanduva percorreu diversas agências da base, promovendo panfletagem e reuniões com os bancários. O Sindicato de Araraquara promoveu manifestação e leitura de manifesto. Os Seebs Assis, Barretos, Gaurulhos, Limeira, Mogi das Cruzes e Taubaté realizaram panfletagens nas agências. No Rio de Janeiro, o Sindicato percorreu mais de trinta agências do Unibanco distribuindo um jornal explicativo sobre a RR. Segundo Maria Izabel Cavalcanti Menezes, diretora do Sindicato, os bancários estão cheio de dúvidas e com receio das perdas que poderão ter. Em Brasília, os bancários do Unibanco protestaram no Setor Comercial Sul. Os funcionários reclamaram da compensação da PLR na RR e reclamaram da decisão unilateral da empresa. “O banco não está cumprindo o compromisso assumido”, destacou Washington Henrique da Silva, secretário de Comunicação e Divulgação do Sindicato e integrante da Comissão de Organização dos Empregados (COE). Os bancários de Minas Gerais realizaram hoje uma atividade em frente à agência da Praça 7 do Unibanco, centro de Belo Horizonte. Houve distribuição de bananas para protestar contra as alterações da RR. O Sindicato dos Bancários de Sergipe esteve pela manhã nas agências do Unibanco da travessa José de Faro e Francisco Porto, em Aracaju. Nas atividades, os bancários protestaram contra a inclusão da PLR no programa de RR. Em Fortaleza, o Sindicato dos Bancários do Ceará realizou o Dia Nacional de Lutas em frente à agência da Barão do Rio Branco. Durante o ato, os clientes mostravam-se surpresos e indignados com o tratamento dado pelo banco a seus funcionários. Eles aproveitaram a ocasião para reclamar do atendimento. "Esperamos que, com essas manifestações, o Unibanco reflita a respeito das formas como tem tratado os seus funcionários e com isso volte atrás em suas medidas unilaterais e retome o processo de negociação sobre PLR e RR", disse o diretor do Sindicnato, Alex Citó. Em Teresina, os bancários usaram o slogan da própria empresa para denunciar que o Unibanco não parece banco. Diretores do Sindicato dos Bancários do Piauí estiveram nas agências da rua Álvaro Mendes e na avenida João XXIII, zona Leste da cidade. Segundo o diretor Gece James, “o banco insiste em tomar decisões de forma unilateral sem negociar com seus ‘colaboradores’, desrespeitando a Comissão dos Empregados que sempre tem procurado o banco para o diálogo”. Fonte: Contraf-CUT